Os sons do Natal marcaram a noite de sexta-feira (12/12), no Salão de Convenções da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A Cantata de Natal, encantou o público com a atuação do Quarteto Áurea Música, de São João Del Rei, do Coral Vozes do Câmpus e da Orquestra de Câmara da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A Cantata de Natal é promovida pela Coordenadoria de Cultura, ligada à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec).
A programação reuniu clássicos como Merry Christmas Darling, de R. Carpenter and Frank Pooler, e Noite Azul, de Caldas e Cavalcanti. A Cantata de Natal é uma forma de a Universidade externar à comunidade acadêmica e à população de Lavras votos de “Feliz Natal”.
Como acontece tradicionalmente, neste ano, a UFLA convidou o Quarteto Áurea Música, de São João Del Rei, para abrilhantar o evento. O grupo musical são-joanense dedica-se à pesquisa e execução do repertório dos séculos XVIII e XIX, especialmente o de Minas Gerais, além do Barroco Europeu. Em sua formação, Elisabete Mendonça (soprano), Ney Gouvêa (baixo-barítono), Adriana Abid (piano) e Salomé Viegas (flauta).
Orquestra de Câmara da UFLA e Coral Vozes do Campus.
Sob a regência do maestro Augusto Pimenta, a apresentação demonstrou, mais uma vez, a evolução técnica do Coral Vozes do Câmpus (criado em 1999) e da Orquestra de Câmara (iniciou suas atividades em novembro de 2011). Os grupos musicais são compostos por membros da comunidade acadêmica e integrantes da comunidade de Lavras. (Os ensaios são realizados sob a coordenação do maestro Augusto Pimenta, na Casa das Pedras, Câmpus Histórico. No caso da Orquestra, há possibilidade de empréstimo de instrumentos. Informações na Coordenadoria de Cultura – telefone (35) 3829 -1585).
Durante o evento, o coordenador de Cultura da UFLA, professor Silvério José Coelho, fez a leitura do poema “Receita de Ano Novo”, de Carlos Drummond de Andrade.
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Confira a galeria de fotos. Clique na primeira foto e siga a seta para abrir as demais em tamanho expandido. Texto com contribuição de Ana Elisa Alvim.
