Nesta sexta-feira, 19 de fevereiro, haverá uma mobilização no câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA) contra o inseto Aedes aegypti. A ação, organizada pela Coordenadoria de Prevenção de Endemias, vinculada à Diretoria de Meio Ambiente (Cope/DMA), irá contar com alunos de graduação, pós-graduação, docentes e servidores. O objetivo é que toda a comunidade se mobilize, no seu próprio setor de trabalho, das 8h às 10h, para realização de uma varredura em busca de possíveis focos e eliminação.
A ação faz parte do Dia Nacional de Mobilização da Educação contra o Zika, que acontece nesta sexta-feira, em todo País.
“Não é possível controlar o inseto, se não trabalharmos coletivamente. No dia 19, é importante que todos os membros da comunidade acadêmica estejam imbuídos do senso de responsabilidade e cientes de seu dever enquanto cidadão. Pedimos a todos que dediquem pelo menos 10 minutos do seu tempo, no período das 8 às 10h, para vistoriar o seu ambiente de trabalho/estudo/experimentação”, reforçou a coordenadora de Prevenção de Endemias na UFLA, professora Joziana Muniz de Paiva Barçante.
- Vasos de plantas (tirar pratos ou colocar areia)
- Calhas (realizar limpeza)
- Valas de drenagem (Realizar limpeza)
- Caixas d’água (verificar fechamento, inclusive dos ladrões)
- Estufas experimentais (Retirada de entulhos e lixo)
- Casas de vegetação (Eliminar possíveis criadouros)
- Bebedouros e comedouros de animais (Realizar troca da água e limpeza)
- Abrigos de animais (Eliminar possíveis criadouros)
- Ralos Vasos sanitários sem uso (Dar descarga e monitorar)
- Bandejas de geladeira (Retirar a água e fazer limpeza)
- Bandejas de ar-condicionado (Retirar a água e fazer limpeza)
- Coberturas de lona/plástico (Providenciar substituição)
- Bromélias (Retirar água acumulada)
- Recipientes que possam acumular água (ELIMINAR)
Porém, para que a ação tenha sucesso, ela não pode ser pontual. Assim, foi solicitado a todos os departamentos e setores da Universidade a indicação de um responsável pela coordenação das atividades de mobilização e monitoramento. A indicação desse coordenador deverá ser feita, impreterivelmente, até o dia 18/2. A esse coordenador caberá dar ampla divulgação e participar ativamente da ação do dia 19 e também inspecionar, nas próximas 10 semanas, a sua unidade.
Na sexta-feira, estudantes e professores da UFLA também farão uma mobilização na Escola Municipal Umbelina Azevedo Avellar, no bairro Vale do Sol, em Lavras.
Monitoramento de Vetores
Considerando que em um dia normal de aula da Universidade Federal de Lavras (UFLA) circulam pelo câmpus universitário cerca de 13.000 pessoas, a Coordenadoria de Prevenção de Endemias incluiu a verificação periódica do câmpus para detecção precoce da presença do Aedes aegypti como uma das estratégias a serem adotadas no plano ambiental da universidade. Com essa ação, tornou-se possível quantificar e identificar as áreas de risco para a ocorrência do inseto vetor. Esse trabalho, de caráter longitudinal, tem o objetivo de avaliar a frequência desse vetor no câmpus da UFLA e sua tendência temporal para fins de controle.
Nesses dois anos de atividades do projeto, foram colocadas, semanalmente, 20 armadilhas do tipo ovitrampa em pontos estratégicos da universidade. Estas armadilhas foram recolhidas a cada sete dias para contagem dos ovos e identificação das espécies presentes em cada ambiente.
Até o presente momento, foram realizadas 1920 análises laboratoriais para identificação das espécies presentes e avaliação de séries temporais. Essas análises permitiram verificar que a freqüência de deposição de ovos tem sido registrada nos meses de fevereiro, março, abril e dezembro, o que corrobora com indicadores pluviométricos do município. Diante desses dados, as ações de educação em saúde têm sido intensificadas nesses meses. Tanto as ações realizadas dentro da universidade, como aquelas realizadas na comunidade.
Segundo a professora Joziana Barçante, outra inferência se refere às espécies identificadas. “A espécie mais abundante no câmpus é Culex quinquefasciatus, que até o presente momento não possui relação com a transmissão dos vírus dengue, chikungunya ou zika. As espécies Ae. albopictus e Ae. aegypti têm sido observadas em proporções bem menores”, afirma.
Nos locais onde são identificados focos de culicídeos, a Prefeitura do câmpus é orientada a realizar as ações administrativas necessárias.
É importante ressaltar que, desde sua criação em 2011, a Cope realiza ações sistemáticas de monitoramento do câmpus, controle do vetor, campanhas educativas e ações de educação em saúde. As ações são permanentes e incluem ações de extensão, em parceria com a Prefeitura Municipal de Lavras.
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Veja a carta do Ministro Aloizio Mercadante aos estudantes universitários