Nos dias 6, 7 e 8 de agosto, Belo Horizonte foi palco do Inova Minas, uma Mostra de Ciência, Inovação e Tecnologia promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) que teve como objetivo a disseminação, no espaço público, do esforço realizado pelas universidades, centros de pesquisa e empresas para o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação por meio da exposição de projetos financiados pela Fundação.
Realizada na Praça da Liberdade, a mostra aconteceu nos espaços da Alameda da Educação, Memorial Minas Vale, Museu das Minas e do Metal MM Gerdau, Espaço do Conhecimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Casa Fiat de Cultura.
Dois projetos da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foram selecionados para apresentação ao público:
- “Uso do vinhoto e bagaço oriundos da produção de cachaça e tequila como substrato para cultivo de leveduras em um conceito de biorefinaria”, que visa utilizar resíduos e subprodutos agrícolas para obtenção de um produto de alto valor agregado. Os diferenciais são a utilização de resíduos e a substituição de produtos químicos por produtos naturais, trazendo benefício não só para a indústria, como também para a sociedade.
- “Bioprospecção do extrato de dianthus caryophyllus l. var. com potencial de ação na profilaxia, tratamento e controle da hipertensão arterial e litíases renais”, que tem como objetivo gerar um medicamento fitoterápico com potencial para prevenir, tratar e controlar a hipertensão arterial e a formação de cálculos renais.
Os pesquisadores que participaram do evento ressaltaram a importância da mostra como uma oportunidade para exposição das pesquisas para a sociedade e também para representantes do mercado, onde foi possível vislumbrar futuras parcerias de trabalho.
Redes de Pesquisa e Institutos Nacionais de C&T
Além desses dois projetos, a Rede Mineira de Bioterismo, responsável pelo monitoramento de biotérios (onde são produzidos os animais que dão suporte às pesquisas científicas), foi representada pelo projeto da UFLA “Peixe Zebra”. O projeto apresenta um novo modelo de pesquisa que tem grande potencial na substituição de ratos e camundongos por peixes da espécie Danio rerio em testes pré-clínicos que são realizados para geração de novos medicamentos.
“É interessante informar a sociedade que nós, pesquisadores, estamos procurando meios alternativos para reduzir o número de animais que são utilizados nas pesquisas. É preciso disseminar essa informação para que esse novo método de pesquisa possa ser de fato conhecido e aplicado por outros pesquisadores” explica o coordenador da pesquisa e coordenador do Biotério da UFLA, professor Luis David Solis Murgas.
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café, que tem sede na Agência de Inovação do Café (InovaCafé), na UFLA, também esteve presente no evento e apresentou dois novos produtos voltados para nutrição humana e animal provenientes da extração do óleo do café. “Esses dois novos produtos vêm atender dois segmentos de mercados distintos, trazendo benefícios tanto para a saúde animal quanto vegetal, indo ao encontro da sustentabilidade através do reaproveitamento de matérias-primas provenientes do café, produto de grande importância para a economia do País”, ressalta o professor da UFLA e coordenador do INCT do Café, Mário Lúcio Vilela de Resende.
Texto e Fotos: Vanessa Trevisan – Ascom InovaCafé