Tendo como critério o número de artigos publicados por docentes, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) está na quarta posição em uma avaliação que classificou 195 universidades do País, atrás apenas da Unicamp, USP e Unifesp. Em um dos destaques apresentados pela Folha de São Paulo, na edição dessa segunda-feira (19/9), a UFLA é citada como a instituição mais produtiva fora do Estado de São Paulo.
No texto, o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, apresenta uma pequena parte do Programa de Internacionalização, que tem contribuído para ampliar a qualidade e a inserção da produção científica. Antes da divulgação do ranking, Scolforo foi entrevistado pela repórter da Folha de São Paulo como o seguinte questionamento: Qual o segredo para uma universidade do interior, de médio porte, aparecer entre as mais produtivas do País?
A resposta está justamente um ousado e bem articulado programa de pós-graduação, que além de garantir uma produção científica crescente, contribui para a qualidade do ensino de graduação. O reitor comenta que cada docente recebe um incentivo para a tradução de artigos científicos para a língua inglesa, além de garantir um bônus em viagens para congressos e compra de materiais para aqueles que publicam em revistas de alto impacto científico.
Ranking geral
Comparado à edição 2015, a UFLA subiu três posições, passando da 34ª para a 31ª posição no ranking geral. Ao todo, foram avaliadas 195 universidades brasileiras, públicas e privadas, em cinco indicadores: ensino, inovação, internacionalização, mercado e pesquisa.
Os dados que compõem os indicadores de avaliação do RUF são coletados por uma equipe da Folha em bases de patentes brasileiras, em bases de periódicos científicos, em bases do MEC e em pesquisas nacionais de opinião feitas pelo Datafolha.
A respeito do resultado, algumas questões merecem consideração: uma delas é que a UFLA tem intensificado investimentos em vários pontos considerados frágeis no ranking, em especial, relação com o mercado e internacionalização. Nesse sentido, a criação de novos laboratórios multiusuários, incentivo à inovação, a implantação do Parque Tecnológico de Lavras (Lavrastec) e as ações do plano de internacionalização da UFLA, objetivam consolidar a expansão dos cursos de graduação e de pós-graduação e fortalecer a imagem da Instituição no mercado.
Segundo a o próprio grupo Folha, “Especialistas em educação contestam o método adotado no Ranking Universitário Folha (RUF) para avaliar as instituições de ensino. Itens como a utilização da nota do Enade no cálculo das notas das universidades e o modo como os indicadores “qualidade de ensino” e “mercado” são produzidos foram citados como imprecisos”.
Ainda segundo a Folha, o coordenador do Laboratório de Estudos de Educação Superior (Lees) da Unicamp considera os indicadores para se avaliar a Pesquisa mais confiáveis. “Pesquisa, por exemplo, é mais fácil. Você determina as universidades que mais têm pesquisa a partir de citações, artigos, uma coisa mais palpável”, diz.