Uma estudante de Educação Física da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi campeã brasileira de taekwondo na Liga do Desporto Universitário de Luta (LDU). Stefânia Tavares, de 23 anos, competiu na categoria até 49 quilos e bateu na final Camila Bezerra, de São Caetano do Sul (SP), por 28 a 16 pontos. Com a vitória, Stefânia conquistou uma vaga na Seleção Brasileira Universitária de Taekwondo, que vai representar o Brasil no Mundial Universitário, na China, em agosto desse ano.
A LDU ocorreu no último fim de semana (15 e 16 de abril), em São Paulo, e reuniu 500 atletas que representaram 22 estados. Para chegar à finalíssima, Stefânia Tavares venceu uma adversária na fase eliminatória.
A luta que consagrou a atleta de Lavras teve três rounds de dois minutos cada e exigiu muita preparação da competidora, que revelou que já conhecia as características da adversária. “Antes de lutar, eu concentrei bastante e tracei a minha tática porque eu não podia errar”. Stefânia Tavares contou que começou a treinar em janeiro desse ano para participar da LDU, aprimorando primeiro a parte física e, depois, a tática e a técnica.
A medalha conquistada em São Paulo se juntou às outras cerca de 50 que a jovem atleta acumula na carreira. Sem esconder a ansiedade, Stefânia vive a expectativa de representar o país pela segunda vez no exterior, entretanto a viagem à China depende do custeio da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU). Em 2013, Stefânia foi vice-campeã na categoria até 49 quilos no Pan-Americano Aberto Universitário, no México.
Stefânia começou praticar esporte ainda na infância, com a natação, e migrou para Taekwondo aos 13 anos, incentivada pelo pai. A estudante da UFLA contou que sonha em disputar as Olimpíadas e se espelha em Iris Tang Sing, medalhista pan-americana e mundial, para participar dos Jogos.
A universitária considera que a falta de incentivo e de recurso ainda é uma das dificuldades enfrentadas por atletas brasileiros para treinamentos e que almejam competir em torneios nacionais e internacionais. “Muitas vezes a gente precisar tirar dinheiro do próprio bolso para treinar. São muitos desafios. É superação, amor ao esporte”.
Texto: Rafael Passos – Jornalista/Bolsita – Fapemig