A tese intitulada “Degradação de Corantes e Remediação de Efluentes Têxteis por Extrato Bruto de Peroxidase de Nabo” foi a primeira colocada no Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade, que divulgou a lista de vencedores hoje (9). A tese está enquadrada no Grupo I – processos eficientes para redução do consumo de água e de energia. A pesquisa foi produzida pela doutora Maria Cristina Silva, do Programa de Pós-Graduação em Agroquímica da UFLA, orientada pela professora Angelita Duarte Correa (Departamento de Química – DQI). A cerimônia de entrega do prêmio será em Brasília, na sede da Capes, no dia 25 de abril.
Esta edição do prêmio é concedida a teses e dissertações defendidas no Brasil em 2011. O prêmio foi criado por uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Vale para incentivar ideias, soluções e processos inovadores para questões ambientais, como redução de gases do efeito estufa, redução do consumo de energia e água, reaproveitamento e reciclagem.
Os vencedores do prêmio nas categorias de doutorado receberão certificado, troféu, prêmio em dinheiro e uma bolsa para realização de estágio pós-doutoral de até 3 anos em instituição nacional ou um ano fora do País, em instituição de notória excelência na área de conhecimento. O orientador também é contemplado, com certificado e um auxílio equivalente a uma participação em congresso internacional.
Tese premiada
Esta não é a primeira vez que a tese vencedora recebe distinção: no ano passado, o Prêmio Capes de Tese concedeu uma menção honrosa na categoria Ciências Agrárias I ao trabalho produzido por Maria Cristina Silva. Ela também foi vencedora, por dois anos consecutivos, do Prêmio Furnas Ouro Azul.
O estudo desenvolvido por Maria Cristina tem como foco o uso racional dos recursos hídricos, oferecendo uma alternativa aos processos tradicionais de tratamento de efluentes coloridos de indústrias têxteis. A tecnologia desenvolvida utiliza uma enzima presente no nabo (peroxidase), capaz de atuar na oxidação de diversos corantes industriais. O resultado permite o descarte da água residuária no meio ambiente ou mesmo a sua reutilização em banhos de tingimento. A tecnologia rendeu o depósito de uma patente.