Formandos turma de Agronomia 1979

Acervo de Paulo Antonio Freire ( egresso Agronomia 1979)


Enviadas por: Pauline Freire

A composição biológica encontrada na UFLA


Foto de : Naiara Carvalho de Lima

A composição biológica encontrada na UFLA


Foto de : Naiara Carvalho de Lima

A composição biológica encontrada na UFLA


Foto de : Naiara Carvalho de Lima

A composição biológica encontrada na UFLA


Foto de : Naiara Carvalho de Lima

A composição biológica encontrada na UFLA


Foto de : Naiara Carvalho de Lima

A composição biológica encontrada na UFLA


Foto de : Naiara Carvalho de Lima

Alfredo Scheid Lopes, o “Alfredão”, formou-se engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL) em 1961, tornando-se docente logo após a formatura. Fez sua carreira em Fertilidade e Manejo de Solos, área na qual desenvolveu mais de cem trabalhos e é referência, tendo recebido dezenas de prêmios e títulos em todo o mundo.


 Cientista, professor, ex-aluno, atleta... A história de Alfredo Scheid Lopes se mistura com a própria história da ESAL/UFLA. Nosso “Alfredão”, como era carinhosamente chamado, foi uma representação das memórias da Universidade. Engenheiro agrônomo,  graduado na Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL) em 1961, tornou-se docente logo após a formatura, fazendo sua carreira em Fertilidade e Manejo de Solos, área na qual desenvolveu mais de cem trabalhos e é referência, tendo recebido dezenas de  prêmios e títulos em todo o mundo.

Na foto, o cientista Alfredo Scheid Lopes com a primeira turma de iniciação científica da ESAL, no primeiro laboratório de Análises de Solos da Escola, com instalações ainda no câmpus histórico, na década de 1960.


Alfredo foi quem realizou o estudo pioneiro em solos do Cerrado brasileiro, nos anos de 1970, que permitiu o aumento da produção agrícola e é considerado uma das maiores conquistas agrícolas do século 20. A constatação de que era possível e necessário o  estabelecimento de estratégias de manejo da fertilidade dos solos no bioma “Cerrado”, para torná-los produtivos, veio durante o mestrado em Ciências do Solo, na Universidade da Carolina do Norte (EUA). Para chegar a essa conclusão, o jovem professor havia  percorrido uma área de mais de 600 mil quilômetros quadrados de solos sob vegetação de cerrado, avaliando 518 amostras, em um estudo completo que ficou conhecido pelo pioneirismo na verificação do grau de “infertilidade” dos solos dessa região. O estudo teve  continuidade e aprofundamento durante o doutorado, de 1975 a 1977, na mesma universidade americana, com o resultado publicado em periódicos nacionais e internacionais de referência na época.

Na releitura da foto (a seguir), em 2019, o então professor emérito com estudantes do curso de Agronomia, no laboratório de fertilidade de solos, no Departamento de Ciência do Solo (DCS).


 Sua contribuição ao desenvolvimento da Instituição extrapolou a docência, pois foi personagem importante também na conquista de convênios e recursos. Ao longo dos mais de 60 anos de história com a UFLA, só esteve longe do câmpus por dois momentos: para  realizar o mestrado e o Ph.D nos EUA, e quando foi cedido para ser diretor técnico da Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda), em São Paulo.

Entre as histórias mais marcantes vividas pelo professor, está a da federalização da ESAL, efetivada em  1963. Na época, a Escola sofreu a ameaça de ser fechada por emissários do Governo Federal, coordenados pelo assessor do MEC Eudes de Souza Leão Pinto. Após uma série de reuniões com docentes, servidores e autoridades lavrenses, a comitiva mudou  de ideia e decidiu pelo não fechamento da Escola, defendendo medidas para transformá-la em instituição federal.

Alfredo, quando estudante, era destaque em competições esportivas. No futebol, teve a oportunidade de enfrentar o jogador Pelé, em 1957, pelo Fabril Esporte Clube de Lavras. No atletismo, em que se destacava ainda mais, foi campeão brasileiro de salto em  altura, conciliando os estudos na ESAL com o esporte.


Mesmo quando se aposentou, em 1990, continuou ativo e realizando trabalhos importantes na área. Em 1993, tornou-se professor emérito da UFLA. Em 2016, foi convidado pela renomada revista Advances in Agronomy para fazer uma releitura de sua tese de  mestrado, desenvolvida há 40 anos, quando estudou na Universidade da Carolina do Norte (EUA). Em 2017, traduziu dois livros da área e lançou a quarta edição do Guia de Fertilidade do Solo – a primeira versão data de 1992, ainda em sistema DOS.

Recorte de jornal, arquivo de memórias de Alfredo Scheid Lopes (www.alfredao.com.br).


 Toda a sua produção científica está disponibilizada em um site (www.alfredao.com.br), que também apresenta seus hobbies, como música e artesanato, conquistas no esporte e histórias curiosas que se divertia ao contar. É que Alfredo, ainda quando era estudante, disputou diversas competições como atleta. No futebol, teve a oportunidade de enfrentar o jogador Pelé, em 1957, pelo Fabril Esporte Clube de Lavras. No atletismo, em que se destacava ainda mais, foi campeão brasileiro de salto em altura, conciliando  os estudos na ESAL com o esporte.

Recorte de jornal, arquivo de memórias de Alfredo Scheid Lopes (www.alfredao.com.br).


 Alfredão em 23 de maio de 2020, deixando saudade e seu legado de dedicação e amor à ciência e à UFLA. Mesmo sem vínculo formal com a Universidade, Alfredão era sempre encontrado no Departamento de Ciência do Solo (DCS), traduzindo artigos, esclarecendo dúvidas e motivando os alunos. Durante as comemorações pelos 111 anos da UFLA, Alfredão contribuiu na série de vídeos "Memórias UFLA", que pode ser assistida em: https://youtu.be/GSnnKl8jHrU.

 
 
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