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Pesquisa da UFLA comprova que silagem de espiga de milho nutre mais e estimula mastigação dos rebanhos

Escrito por Karina Mascarenhas | Publicado: Segunda, 30 Abril 2018 11:18 | Última Atualização: Quinta, 28 Junho 2018 17:20
[caption id="attachment_154748" align="alignleft" width="233"] A presença da palha e do sabugo aumenta a concentração de fibras na dieta dos animais[/caption] Pesquisa do Departamento de Zootecnia (DZO) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) comprovou os benefícios de uma nova técnica utilizada para alimentar gado de corte e de leite no País: a silagem de espiga de milho. Testes apontaram que a alternativa garante uma dieta rica em fibras e estimula a mastigação dos animais. Com o procedimento, o resíduo da palha do milho ainda prepara o solo para plantio. Os produtores rurais já investem na plantação de milho para a produção de silagem (alimento fermentado à base de milho). Mas, se antes era usado planta inteira, grãos úmidos ou reconstituídos, o diferencial da nova tecnologia está na extração da espiga de milho por uma plataforma despigadora adaptada à máquina autopropelida. Segundo o professor do DZO, Thiago Bernardes, que estuda o processo há oito meses, a silagem de espigas garante uma ração que, além dos grãos, inclui palhas e sabugo. O composto aumenta a concentração de fibra na dieta dos ruminantes. “Hoje, a pecuária intensiva tem utilizado alimentos que não promovem a mastigação do animal. Então, a composição proposta pela pesquisa da UFLA pode suprir essa necessidade”, recomenda. Outra vantagem é a quantidade de colmo e folha que permanece no campo após a colheita.  “O resíduo tem sido aproveitado como palha para o sistema de plantio direto e como fonte de potássio para o solo”, afirma o pesquisador. A técnica ainda facilita o dia-a-dia do médio e grande produtor rural. Alugada por aproximadamente R$ 500 por hectare, a máquina colhe e processa as espigas, além de armazenar o composto no silo.  “Não há necessidade de maquinário específico para a colheita de grãos, como ocorre com a silagem de grãos úmidos ou a necessidade das operações de adição de água e moagem (grãos reconstituídos)”, acrescenta. Para chegar aos resultados, pesquisadores da UFLA coletam amostras do milho ensilado em fazendas do sul de Minas Gerais, São Paulo e Goiás. Pesquisa A originalidade do estudo do Departamento de Zootecnia da UFLA, em destaque na revista do setor publicada na Alemanha Maiskomitee, está nos ajustes da tecnologia para a realidade do campo brasileiro. Isso porque a silagem de espiga de milho nasceu na Itália na década de 1960, migrou para os Estados Unidos e chegou às propriedades rurais brasileiras há apenas cinco anos. “Até então, o produtor reproduzia as recomendações técnicas dos norte-americanos e europeus. O objetivo da pesquisa é detectar se a silagem de espiga é viável do ponto de vista econômico e técnico para os produtores brasileiros”, informa o professor do DZO, Thiago Bernardes. Os produtores rurais desconheciam, por exemplo, o percentual de umidade da espiga necessária para evitar perdas na silagem, que deve ser de 35%.  O estudo busca solucionar dois problemas ainda encontrados pelos pecuaristas e agricultores no País: tipos de híbridos de milhos mais adequados para a silagem de espiga e os efeitos da umidade da espiga sobre moagem a conservação da ração.  Para isso, pesquisadores da UFLA testam quais híbridos são mais recomendados para a silagem de espiga de milho em território nacional. “Estudamos mais de 100 tipos de híbridos tendo em vista a viabilidade econômica das sementes, controle de pragas, entre outros fatores”, comenta o pesquisador. Indústria brasileira de milho O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho e o segundo maior exportador, atrás apenas dos Estados Unidos. O plantio do milho cresceu nas últimas décadas, principalmente no uso de ração para gado, já que o país é o maior exportador mundial de carne. A silagem, a base de milho, tem sido uma alternativa para alimentar o rebanho no mundo inteiro. Por isso, produtores rurais investem na plantação de milho para a produção de silagem, principalmente para superar os transtornos da seca e degradação dos pastos.  Pollyana Dias, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig.  https://www.youtube.com/watch?v=pSUFZQ_7Yuw

 

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