A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (Dae/Ufla), ficou em 0,45% no mês de março, contra uma taxa de 0,34% em fevereiro. No trimestre, o IPC da Ufla está acumulado em 1,88%.
Em março, a fonte de pressão foi o grupo alimentação que teve uma elevação de 1,18% contra uma queda de 1,07% em fevereiro. Alguns hortifrutigranjeiros, como pimentão, vagem, pepino, alho, ovos e, principalmente, abacaxi, mamão, melancia, goiaba e manga, tiveram seu abastecimento comprometido em março e seus preços aumentaram acima da média do grupo alimentos. Alem desses produtos, os industrializados foram reajustados, em média, em 2,43% no mês. Os gastos com alimentação são as despesas que mais pesam no orçamento familiar e no índice de inflação, afirma o prof. Ricardo Pereira Reis, coordenador da pesquisa. De cada R$100,00, uma família gasta R$26,83 com alimentos.
A inflação de março também foi influenciada pelos reajustes da tarifa de água (11,17%), bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática (2,95%), material de limpeza (1,08%) e bebidas (0,20%).
Na contramão dos aumentos verificados em março, estão as quedas, em média, dos preços dos itens que compõem o grupo vestuário (-0,12%), influenciadas pelas tradicionais liquidações de final de estação, material de higiene pessoal (-0,37%), despesas de transporte (-0,93%) e lazer (-0,12%). Quanto aos demais grupos pesquisados, moradia, educação e saúde, não se verificaram aumentos na média dos preços levantados no mês.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou em R$254,33 em março, tendo sido de R$259,63 no mês passado. Apesar da alta da inflação puxada por hortifrutigranjeiros e industrializados, a queda nos preços ao consumidor de produtos básicos, como arroz (-2,45%) e feijão (-6,31%), teve forte influência no custos dessa cesta de alimentos.