Após seis meses consecutivos de queda, preços agrícolas se recuperam

O ritmo de variação dos preços agrícolas, após seis meses consecutivos de queda, reverteu em agosto. Neste mês, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários ficou positivo em 2,26%. Essa mudança acontece após o produtor rural ver os preços de seus principais produtos terem quedas sucessivas desde fevereiro. São levantados os preços de 42 produtos na pesquisa feita pelo Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras (Ufla).

Em agosto, a recuperação dos preços agrícolas ficou localizada no café, com alta de 4,64%, grãos, com 8,73% e no preço do leite pago ao pecuarista, cujo aumento foi de 2,22%. No entanto, os preços dos hortifrutigranjeiros teve uma queda, em média, de 14,74%.

Analisando o Índice por produto, as maiores recuperações de preços em agosto ficaram com: milho (18,36%), leite tipo C (4,51%), café (4,64%), arroba do suíno (12,5%), arroba do boi (11,36%) e frango abatido (52,94%). Entre as quedas do mês, destacam-se tomate (-36,92%), mandioca (-42,86%), banana (-9,72%), laranja (-9,33%) e cebola (-10,51%).

No caso dos preços pagos pelos insumos agrícolas, medido pelo Índice de Preços Pagos (IPP), a variação em agosto foi de 0,37%. Para estes insumos, são pesquisados 187 produtos, e entre estes, as principais altas ocorreram nos setores de defensivos (4,12%), frete do leite (3,97%), energia elétrica (3,43%) e serviços de terceiros (dia/homem, hora/trator, assistência técnica), com alta de 8,07%. Entre os grupos de insumos que tiveram quedas em agosto, destacam-se rações (-4,14%), herbicidas (-12,52%), carrapaticidas (-2,52%), vermífugos (3,72%) e máquinas e equipamentos, com queda de 19,16%.

O Índice de Preços Recebidos (IPR) estima a renda do setor rural e o Índice de Preços Pagos (IPP) reflete a variação dos custos de produção desse setor.

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