Alimentos continuam pressionando inflação

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 0,34%, no mês de outubro. Em setembro, esse índice havia sido de 0,52%. Com essas variações de preços, a inflação medida pela UFLA, em 2006, está acumulada em 4,77%.
Novamente, o grupo alimentos voltou a influenciar a inflação mensal. Em outubro, os alimentos ficaram, em média, mais caros 1,87%, lembrando que, no mês anterior, já haviam subido 2,37%.
De acordo com o prof. Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, o setor de alimentos é o que mais pesa no orçamento das famílias e essas altas influenciaram na inflação dos dois últimos meses; de cada R$100,00 gastos, R$26,83 são com gêneros alimentícios. Afirma, ainda, que até o mês de agosto, o grupo alimentos foi o que segurou a taxa inflacionária. De janeiro a agosto, esta categoria teve uma queda média de preços de 2,28% e, nos dois últimos meses, subiu 4,29%. No acumulado do ano, a alta do setor está em 1,91%.
Em outubro, os produtos in natura subiram 0,7%, os semi-elaborados ficaram mais caros 5,02% e os industrializados tiveram uma queda de 0,31%. Na análise por itens, os maiores aumentos do mês ficaram com as carnes: a de frango aumentou 6,51%, a bovina, 5,55% e a carne suína, 3,45%. O preço do arroz teve uma alta de 6,03%, o do leite longa vida, 5,02%, o da manteiga, 4,18%, e o do pão francês, 2,4%.
Estes e outros aumentos do grupo alimentício levaram, em 2006, à maior variação mensal de alta da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas. Em outubro, esta variação foi de 4,6%, e a cesta passou a custar para o consumidor R$249,89, contra R$238,89 no mês passado. De acordo com a pesquisa da UFLA, dos 17 produtos que compõem esta cesta de alimentos, 12 tiveram aumentos de preços no mês.
A taxa de inflação de outubro só não foi maior devido à queda nos preços da maioria dos grupos pesquisados: as bebidas caíram, em média, 1,78%; a categoria bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, móveis e informática), variou -0,46%; as despesas com transporte tiveram queda de 0,92%; produtos de higiene pessoal, -0,18%; material de limpeza, -1,82%; vestuário, -0,18% e educação e saúde, variação negativa de 0,03%.
O levantamento mensal de preços não constatou variação na média dos preços que compõem o setor de serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), mas identificou altas nos gastos com lazer (0,11%) e moradia (0,07%).

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