Inflação medida pela Ufla perde força em fevereiro

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) teve uma forte desaceleração em fevereiro, ficando em 0,08%. No mês passado, os preços subiram 1,32%.

Foram dois os fatores que determinaram a perda de ritmo da inflação. Primeiro, as pressões de início de ano, como gastos com educação, que deixaram de influenciar o índice de preços e segundo, as promoções de verão, levando o grupo vestuário a uma queda média de preços, no mês, de 2,37%.

Comenta o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa que, “normalmente, a inflação de fevereiro é afetada pela menor liquidez no mercado, ou seja, menos dinheiro circulando. Muitos gastos foram comprometidos com impostos em janeiro, além das despesas escolares e de lazer, a exemplo de viagem de férias. A pressão na inflação pode vir dos hortifrutigranjeiros, devido às chuvas de início de ano e do carnaval, afetando os preços das bebidas”.
As bebidas tiveram alta de 0,57% em fevereiro, bem como os alimentos, que subiram, em média, 0,71%. Os produtos in natura aumentaram 7,7%, os semi-elaborados ficaram mais baratos 0,07% e os preços dos alimentos industrializados caíram, em média, 0,47%.

Os outros setores que aumentaram em fevereiro foram: bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, móveis e informática), 2,86%; higiene pessoal, 2,73%; material de limpeza, 1,78% e despesas de transporte, alta de 0,13%.

Os demais setores pesquisados pelo DAE/Ufla se mantiveram estáveis no mês: serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e despesas de lazer e de moradia. Seguindo o comportamento de alta dos preços dos alimentos in natura, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou 7,11% mais cara. Em janeiro custava R$266,92 e, no mês de fevereiro, ficou em R$285,92.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *