Educação comunitária é a base do Projeto Aprendiz

O Projeto Aprendiz, que propõe a educação em tempo integral, serviu de base para a criação de programas semelhantes em outros municípios. Implantado na Vila Mariana, em São Paulo, há dez anos, o projeto trabalha o conceito de bairro-escola, que transforma os espaços potenciais da região em ambientes educativos. A proposta foi apresentada aos secretários municipais de educação das 106 maiores cidades do País nesta sexta-feira, 3, em Brasília.

Segundo o jornalista Gilberto Dimenstein, idealizador do projeto, o trabalho desenvolve ações de educação comunitária e oferece atividades ligadas aos afazeres diários dos estudantes. “Todo o bairro é um lugar de aprendizagem, desde o seu posto de saúde até o clube. Já transformamos um beco em sala de aula para artes plásticas”, explica.

Segundo Dimenstein, as instituições de ensino que participam do Aprendiz têm média entre 6,5 e 7 no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). Ele avalia que o sucesso do projeto deve-se à união da escola, família e comunidade em torno de questões de saúde e psicologia.

O idealizador do programa destaca, ainda, a importância do diretor da escola na realização desse trabalho. “O diretor deve ser um agente comunitário engajado para garantir a aprendizagem das crianças e jovens”, salienta.

Desde que foi criado, o Aprendiz já beneficiou milhares de alunos em São Paulo, especialmente nos municípios de Praia Grande, São José dos Campos, Sorocaba, São Caetano e São Bernardo do Campo, e serviu de exemplo para cidades como Nova Iguaçu (Rio de Janeiro) e Belo Horizonte.
(Flavia Nery)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *