Cotações dos grãos sustentam renda agrícola em setembro

Os indicadores da economia rural continuam sinalizando melhoria no campo nos cinco últimos meses, ou seja, maio a setembro. Conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas, o índice que mede a renda do setor agropecuário teve uma recuperação nestes seis meses.

Em setembro, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural teve aumento de 1,85%, puxado pelas cotações dos grãos, principalmente o feijão, que teve alta, para o produtor, de 29,83% e o milho, cujo preço recebido foi de 36,36%. Em agosto, o IPR já havia aumentado 11,48%.

No caso do setor leiteiro, que vinha recuperando a renda agrícola nos últimos meses, em setembro os pecuaristas receberam 5,42% a mais pela venda do leite fluido tipo C, enquanto houve uma reversão na tendência do preço do leite tipo B, que caiu nesse mês, 9,57%.

Em setembro, a cotação do café caiu 3,06% para a venda, e os hortifrutigranjeiros tiveram, em média, uma alta de 5,06%. Os maiores aumentos se concentraram na laranja (38,89%), abóbora (15,71%), alho (12,75%), beterraba (42,55%), pimentão (12,5%) e arroba da carne suína (9,09%).

Setembro foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas estiveram em queda. O Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários ficou mais barato 7,62%. Entre os 187 itens pesquisados, as maiores baixas foram nos setores ligados a inseticidas (-6,05%), combustível (-1,19%) e principalmente animais de rebanho, cuja queda atingiu 36,19%.
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