A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 1,12% no mês de janeiro. Em dezembro de 2007, esse índice havia sido de 1,07% e, em janeiro do mesmo ano, 1,32%.
Entre os onze grupos que compõem o IPC da UFLA, as maiores altas ficaram concentradas nos setores de alimentos (2,22%), despesas de lazer (3,43%) e de moradia, com aumento de 3,42%. Também tiveram alta em janeiro os gastos com transporte, 2,26%; material de limpeza, 2,15%; bebidas, 1,5% e higiene pessoal, 0,53%.
Ao contrário dos anos anteriores, quando as despesas com educação puxaram a inflação do início do ano, em janeiro de 2008 a variação média dos itens que compõem este grupo teve uma queda média de 2,08%. Esta variação foi influenciada pelas mensalidades escolares (-4,1%), apesar das altas nas despesas com material escolar (3,49%) e das escolas de atividade (4,81%). As despesas com o grupo educação e saúde ficou mais barata 2,08% no mês.
De acordo com o prof. Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, os preços dos alimentos continuam puxando a inflação, a exemplo de 2007. No ano passado, o setor alimentício acumulou alta de 16,4%, para uma inflação anual de 6,16%. Em janeiro, produtos in natura subiram 1,81% no mês, os semi-elaborados, 4,19% e os industrializados, 0,62%. Os maiores vilões foram as altas do tomate (23,72%), da cebola (44,06%), do feijão (29,95%), do fubá (15,42%) e dos óleos de cozinha (8,32%).
As demais categorias pesquisas pela UFLA tiveram as seguintes variações médias de preços em janeiro: vestuário, queda de 0,86% e bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), – 0,69%. Os serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) não tiveram alterações na média dos preços levantados no mês.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas aumentou 5,43%, em janeiro, e ela passou a custar R$313,71. Em dezembro seu valor era de R$297,55.