Altas dos hortifrutigranjeiros e do leite mudam panorama no campo

O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla) divulgou os Índices de Preços Agrícolas referentes ao mês de abril, que revelaram uma mudança na tendência de renda no campo. Depois das altas dos preços dos grãos, principalmente milho e feijão, nos últimos meses, a sustentação da renda agrícola em abril veio da melhoria dos preços pagos aos produtores de leite e de hortaliças.

Em abril, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários teve variação positiva de 5,48%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas aumentou 3,7%. Estes índices estimam, respectivamente, a variação da renda agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor.

Na análise por setor, o preço do leite tipo B pago ao pecuarista teve alta de 17,46%, em abril e o do tipo C, aumento de 5,37%. Já os grãos, que foram a sustentação de renda no campo no final de 2007 e no início deste ano, apresentaram tendência de queda com a entrada da safra agrícola. O preço do feijão recuou, para o produtor, 15,46% e o do milho, queda de 15,45%. A cotação do café teve alta de 2,6% em abril.

Mas, foram os hortifrutigranjeiros que mais pressionaram os preços no campo. A alta média deste grupo foi de 16,4%, destacando-se os aumentos da banana (38,0%), da tangerina (18,75%), da batata (8,18%), da batata-fiúza (27,69%), da beterraba (23,3%), da cebola (21,9%), da cenoura (22,64%), da mandioca (13,21%) e do pepino (36,36%).

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