Nos 100 anos de Fundação da Universidade Federal de Lavras (Ufla), a Pesquisa sempre esteve presente, contribuindo para o desenvolvimento do país. Como parte da programação dos eventos comemorativos do Centenário, o XXI Congresso de Iniciação Científica da Ufla realizado nos dias 9, 10 e 11 de junho, teve como Tema 100 anos de Pesquisa.
A abertura oficial que ocorreu no Salão de Convenções da Ufla, contou com a presença do reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, da pró-reitora de pesquisa, Édila Vilela de Resende Von Pinho, do pró-reitor de Planejamento e Gestão José Roberto Soares Scolforo, do pró-reitor de Graduação, João Chrysostomo de Resende Júnior, do coordenador dos Programas de Iniciação Científica, Geraldo César de Oliveira, dos pesquisadores da Epamig de Viçosa, Trazilbo José de Paula Júnior, do de Lavras, Paulo Rebeles Reis (ambos avaliadores externos do CNPq), do acadêmico Nestor Vicente Soares Netto, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e do primeiro coordenador de pesquisa da Ufla, Valter de Carvalho.
A pró-reitora de Pesquisa professora Édila, enfatiza a grande importância da participação dos estudantes nos Programas de Iniciação Científica, fato que proporciona um crescente resultado em sua vida acadêmica e profissional. “No Congresso de Iniciação Científica os estudantes divulgam os resultados das pesquisas desenvolvidas na UFLA e são treinados para apresentarem trabalhos de pesquisa em nível nacional e internacional. Os estudantes que participam dos Programas de Iniciação Científica apresentam desempenho superior nos cursos de pós-graduação, com menos tempo médio de titulação no mestrado e doutorado e ainda, maior inserção no mercado de trabalho” , comentou a professora.
No evento, os participantes puderam assistir a palestra do professor Emérito, Alfredo Scheid Lopes intitulada “A contribuição da Ufla para o desenvolvimento do Agronegócio Brasileiro” e visitar as Sessões Técnicas, com apresentações em pôsteres dos trabalhos dos inscritos no congresso.
HISTÓRICO – A pesquisa na Ufla sempre ocupou uma posição de destaque ao longo de sua existência. Em 1908, quando foi fundada, foram introduzidas na região, pelo engenheiro agrônomo Benjamin Hunnicut, cultivares melhoradas de espécies agrícolas, além de raças de bovinos e suínos, os quais constituíram a base para a realização de pesquisas nas diferentes áreas de conhecimento
O seu grande impulso ocorreu a partir da década de 70, quando em 1973, foi criada a coordenadoria de pesquisa da Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), com o objetivo de dar suporte à pesquisa com ênfase na integração entre a pesquisa científica e tecnológica na instituição. Desde então, a Instituição se preocupa com a captação de recursos em agências de fomento para o desenvolvimento de pesquisas e para o custeio de bolsas de iniciação à pesquisa e ainda com o estabelecimento de linhas de pesquisa com objetivo de maximizar recursos e atender às necessidades do mercado. Na década de 80, houve grande divulgação e incentivo aos programas de Iniciação Científica na ESAL.
Outras ações importantes foram desenvolvidas pelos coordenadores e pró-reitores de pesquisa, relacionadas à integração da ESAL com empresas públicas e privadas e com a comunidade. Convênios importantes foram firmados entre a Ufla e Fundações como a Faepe, criando-se de Apoio à Pesquisa (FAP) e o aos Estudantes (FAE).
Foi criada na Ufla uma Comissão de Biotecnologia que culminou com a criação de Departamentos de Cooperação Nacional e Internacional de Fomento à Pesquisa. A evolução da pesquisa na Ufla pode ser visualizada com base em dados de projetos já desenvolvidos e em andamento, números de dissertações e teses concluídas, publicações técnico-científicas produzidas pelos docentes e discentes, volume de recursos alocados para esta atividade e as principais linhas de pesquisa enfocadas pelos grupos de pesquisa constituídos na Instituição. Mais recentemente houve um fortalecimento da política institucional de Incentivo a Inovação Tecnológica.
HOMENAGENS – Na solenidade foram prestadas homenagens aos ex-coordenadores e pró-reitores de pesquisa da instituição que contribuíram para a consolidação da pesquisa na Ufla, que foram entregues pelo reitor Nazareno Guimarães Mendes e a pró-reitora de Pesquisa, Édila Vilela de Resende Von Pinho.
Os homenageados foram: Valter de Carvalho – primeiro coordenador de pesquisa da Ufla, em 1973, Francisco Dias Nogueira, Milton Moreira de Carvalho, Alfredo Scheid Lopes, Juan Ramon Olalquiaga Pérez, Vicente Paulo Campos, Antônio Marciano da Silva, Antônio Nazareno Guimarães Mendes, Luiz Antônio Lima, José da Cruz Machado, José Oswaldo Siqueira e José Roberto Soares Scolforo. E ainda, o reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos pró-reitores Luiz Augusto de Paula Lima e Guaracy Vieira (in memorian).
PRÊMIO MELHOR PESQUISA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – Os programas de Iniciação Científica na Ufla têm crescido substancialmente não apenas com relação ao número de trabalhos desenvolvidos e alunos envolvidos nesses, mas também pela qualidade das pesquisas desenvolvidas. Na solenidade foram entregues os prêmios para dois estudantes que desenvolveram as melhores pesquisas de Iniciação Científica no período de 2007 e 2008. No processo seletivo foram adotados os seguintes critérios: qualidade da pesquisa e do relatório, desempenho escolar do estudante, currículo do estudante e a avaliação do estudante no último Congresso de Iniciação Científica. A premiação foi entregue pelo reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes e o coordenador dos programas de Iniciação Científica, Geraldo César de Oliveira.
Os estudantes premiados foram: Izabela Regina Cardoso de Oliveira, orientada do professor Daniel Furtado Ferreira, do Curso do Administração, que desenvolveu o trabalho intitulado “Extensão multivariada do teste de normalidade qui-quadrado univariado” e Guilherme Oberlender, orientado do professor Luiz David Solis Murgas, do curso de Medicina Veterinária, que desenvolveu o trabalho intitulado “Biotecnologia da reprodução em suínos – avaliação de diluidores para a preservação de doses para inseminação artificial intra-uterina: desempenho in vitro e in vivo”.