O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) divulgou a taxa de inflação do mês de junho, que ficou em 0,68%. No mês anterior, esta taxa havia sido de 0,52%. A inflação é calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e reflete o comportamento de consumo de famílias de todas as classes sociais. Foram analisados cerca de 230 itens e, aproximadamente, 7.800 preços, entre os dias 15 de maio a 15 de junho de 2008.
Com estes resultados, o IPC da UFLA acumula, em 2008, taxa de 4,36%, enquanto a remuneração da caderneta de poupança (data base dia 1º) ficou em 3,51%. Alerta o prof. Ricardo Reis, coordenador do Índice, que esta inflação acumulada em seis meses praticamente atinge a meta inflacionária anual estabelecida pelo governo federal, de 4,5%. Mas, o Banco Central já está revendo este índice, que deve ficar em 6,0% ao ano.
Depois das sucessivas altas dos alimentos ao longo do semestre, em junho os vilões da inflação foram os grupos vestuário, que subiu 1,7%; despesas de transporte, com alta de 1,5% e itens de material de limpeza, com aumento no mês de 1,28%.
Os alimentos continuaram em alta, mas, com tendência de desaceleração. Em maio, haviam subido 1,65% e agora, em junho, a alta ficou em 0,96%.
Este mês, os produtos in natura subiram 8,13%, os semi-elaborados tiveram alta de 3,11% e os industrializados tiveram queda, em média, de 0,86%. Entre os alimentos que mais subiram em junho, destacam-se o arroz (7,73%), o tomate (8,46%), os pescados (5,93%), a manteiga (5,08%), a cebola (5,4%) e o melão (24,86%).
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas variou 1,62% em junho, passando a custar R$347,42. No mês passado, valia R$341,85. No acumulado do ano, as despesas com a aquisição desta cesta de alimentos, que inclui 17 produtos, está em 10,74%, enquanto a inflação estimada pelo IPC da UFLA ficou em 4,36% em 2008.
Os demais grupos pesquisados tiveram as seguintes variações de preços: bebidas, 0,97%; higiene pessoal, 0,5%; bens de consumo duráveis – eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática, 0,13% e educação e saúde, 0,03%. As demais categorias mantiveram seus preços, em média, estáveis no mês: serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), despesas de lazer e de moradia.