Reitores do consórcio de universidades mineiras se reúnem na UFLA

Os reitores das universidades federais mineiras que implantarão o primeiro consórcio de universidades do País se reuniram em Lavras, nesta quarta-feira, 18, na sede da Universidade Federal de Lavras (UFLA), uma das federais consorciadas. Foi a primeira reunião dos reitores após a assinatura do protocolo de intenção, em evento realizado na cidade de Divinópolis-MG há dez dias, que contou com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Ministro da Educação Fernando Haddad.

Na reunião de Lavras os reitores iniciaram os entendimentos sobre o que pretendem propor aos conselhos superiores para maior integração das sete universidades. O protocolo de intenção prevê que a adesão ao consórcio é voluntária e que a filiação de cada universidade está condicionada à apreciação e aprovação de seu conselho superior. Por esta razão os reitores iniciaram o preparo e a execução de um plano de ação, também previsto no protocolo de intenção, com vistas à formalização do consórcio até 15 de outubro de 2010.

Segundo o reitor da UFLA, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, o Conselho de Reitores do consórcio pretende realizar reuniões itinerantes nas sete universidades a cada semana até a formatação final do documento que será submetido aos conselhos superiores. Uma das estratégias de ação já foi adotada com a criação de grupos de trabalho, distribuídos em sete coordenações, por tema, assim definidas:

Coordenação Geral – UFV (reitor Luiz Cláudio Costa)

Coordenação de Assuntos Estudantis – UFOP (reitor João Luiz Martins)

Coordenação de Extensão e Cultura – UFSJ (reitor Helvécio Luiz Reis)

Coordenação de Graduação – UNIFAL (reitor Paulo Márcio de Faria e Silva)

Coordenação de Pesquisa e Inovação – UNIFEI (reitor Renato de Aquino Faria Nunes)

Coordenação de Planejamento e Gestão – UFLA (reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes)

Coordenação de Pós-Graduação – UFJF (reitor Henrique Duque Chaves Filho)

 

Cada coordenação organizará grupos de trabalho que contarão com a participação e com o assessoramento de pró-reitores, diretores e coordenadores das respectivas áreas nas sete universidades. Essas coordenações já iniciaram os trabalhos e deverão se reunir na próxima terça-feira, dia 24, na sede da UFSJ em São João Del Rei. Na oportunidade, os coordenadores pretendem discutir com seus grupos de trabalho o diagnóstico de cada tema, com ênfase às constatações do que há em comum nestas universidades e às ações consideradas estratégicas para o consórcio, apontando para as propostas que deverão constar no acordo de cooperação que será submetido aos conselhos superiores e para o Plano de Desenvolvimento Institucional unificado, que norteará o consórcio após sua constituição.

 

A maior preocupação dos reitores, de acordo o reitor da UFLA, prof. Nazareno, é “atender anseios de suas comunidades universitárias, representadas pelos estudantes de graduação e de pós-graduação, professores e técnicos administrativos e também das comunidades da região, municípios do sul e do sudeste de Minas Gerais, pois o consórcio terá como um de seus objetivos a maior participação das sete universidades no processo de desenvolvimento social, econômico e territorial. Para os estudantes, professores e técnicos, o que se  pretende é que, embora tenham vínculo direto com uma universidade de pequeno a médio porte, possam também gozar dos benefícios de uma grande universidade, que será o resultado da maior integração oportunizada pelo consórcio”. 

 

Durante a reunião realizada em Lavras alguns reitores e vice-reitores deram depoimentos à Assessoria de Comunicação da UFLA:

 

Reitor Luiz Cláudio Costa – UFV: “Reúnem-se sete universidades de qualidade, numa área que tem grande proximidade. Além disso, as instituições são academicamente complementares. Nós temos muitas coisas a fazer, para prestarmos melhores serviços à sociedade, sem ferir a autonomia, sem alterar em nada o que isoladamente fazemos. Nós vamos nos unir para produzirmos mais, para pensarmos a sociedade, para pensarmos o Brasil, para pensarmos o mundo. Será muito bom para os estudantes, para os professores e para os servidores”.

 

Reitor Helvécio Luiz Reis – UFSJ: “Quero manifestar que estou entusiasmadíssimo com a proposta. Eu acho que isto não só valoriza as sete universidades, como vai nos dar muita força em todos os sentidos. Minha expectativa é a mais positiva possível”.

 

Reitor Paulo Márcio de Faria e Silva – UNIFAL: “Acreditamos que será uma maneira bastante interessante e uma nova forma de gestão universitária compartilhada, sem a perda da autonomia de cada uma das instituições envolvidas”.

 

Vice-reitor José Luiz Rezende Pereira – UFJF: “Somos favoráveis e a comunidades acadêmicas de nossas universidades têm aceitado estas iniciativas. A gente acredita que vai ser um grande sucesso”.

 

Vice-reitor Paulo Shigueme Ide – UNIFEI: “Só vejo pontos positivos nisto, mas claro, com a autonomia universitária sempre existindo e cada conselho universitário fazendo a aprovação da entrada ou não neste consórcio”.

 

Reitor Renato de Aquino Faria Nunes – UNIFEI: “Esta é talvez a única região do País onde este consórcio poderia ser feito, pela quantidade de instituições de excelência que nós temos aqui. Em segundo lugar, vivemos numa época em que o conhecimento propicia desenvolvimento e esta região do Estado de Minas Gerais tem enormes possibilidades de ter toda competência instalada nestas sete universidades, que são reconhecidamente universidades de excelência e ter esta contribuição para o desenvolvimento econômico de maneira muito ativa. Para mim a grande vantagem no médio e no longo prazo é a colocação desta capacidade a serviço do desenvolvimento humano, a serviço do desenvolvimento da ciência, a serviço da formação, mas principalmente a serviço do desenvolvimento econômico que o Pais tanto precisa, este desenvolvimento econômico da nova era”.

Reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes – UFLA: “São todas instituições mantidas pelo Ministério de Educação e que de certa forma mantêm uma série de parcerias estabelecidas, mas muitas vezes na informalidade. O que nós pretendemos com o termo de constituição do consórcio é assumir compromissos para que haja maior integração no ensino, na pesquisa, na extensão, na transferência de tecnologias e com isto que nossas comunidades possam otimizar recursos e gerar um resultado ainda mais produtivo para a sociedade que nos financia”.

Confira reportagem da TV Universitária:

 

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