Perspectivas para cultura canavieira na região Sul de Minas

Teve início, na manhã desta quinta-feira, dia 07, o 4º Simpósio Sul- Mineiro de Cana de açúcar (Sincana). O evento tem por objetivo oferecer aos alunos de graduação, pós-graduação e recém formados um aprimoramento profissional, abordando novas tecnologias de manejo agrícola e industrial do produto.

Durante solenidade de abertura, o reitor em exercício da Ufla, prof. Elias Tadeu Fialho, disse que discussões sobre essa cultura são bastante pertinentes, uma vez que o setor recebeu fortes investimentos em ciência e tecnologia, tanto do setor público, quanto do privado. Essa realidade faz com que a safra deste ano alcance recorde histórico. “O crescimento da produção em 2010 será 11,1% maior do que a registrada em 2009, conforme dados da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil”.

Ainda segundo Fialho, Minas Gerais é o estado que registra as maiores taxas de crescimento do setor. Só para se ter uma ideia do tamanho dessa representatividade, o estado é hoje o segundo maior produtor nacional de açúcar e o terceiro de etanol. E as perspectivas futuras são bastante otimistas: a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê um aumento de 11,5% na produção de etanol e 20,8% de açúcar. “Hoje a cana de açúcar é o insumo básico não apenas para o açúcar, como também para uma variedade incrível de produtos com valor agregado, particularmente, o etanol que abastece nossos automóveis e ajuda a reduzir o uso do petróleo”.

 

Organização

 

O Simpósio é uma realização do Núcleo de Estudos em Cana de Açúcar (Necana). O grupo foi fundado em maio de 2007, por iniciativa de professores e alunos envolvidos com a cultura da cana na Ufla. A iniciativa pretende aproximar esta cultura do sul de Minas Gerais, uma vez que a região não é tradicional produtora de cana-de-açúcar para fins industriais.

O grupo promove regularmente simpósios, cursos, palestras, visitas técnicas e, por meio de seminários, os membros se atualizam e se aproximam do setor canavieiro.

 

Setor estratégico

O Brasil tem aumentado a cada ano a produção de cana de açúcar, fazendo com que o país seja o maior produtor mundial de açúcar e o segundo na produção de álcool. De acordo com o prof. Luiz Antônio Bastos de Andrade, coordenador do Necana, o etanol é altamente estratégico, pois a instabilidade no preço do barril de petróleo desestabiliza a economia.

Com a produção de álcool em alta, o país se torna competitivo no mercado externo de combustível. O professor esclarece, ainda, que essa tendência de crescimento deve ser ainda mais consolidada com os investimentos em tecnologia e mecanização que facilitam o processo de produção. “Este setor evolui rapidamente, sendo altamente dinâmico. Por isso é tão importante reunir profissionais da área, debater novas tecnologias e traçar planos futuros”.

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