O ritmo de variação média dos preços agropecuários, após dois meses consecutivos de alta, reverteu em outubro. Neste mês, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários ficou negativo em 3,51%. Essa mudança acontece principalmente pelas quedas dos grãos, que, em média, ficaram mais baratos para o produtor rural em 9,96%.
A cotação do café fechou o mês em queda de 2,36%, a do milho, baixa de 4,74%, o preço pago pelo feijão teve queda de -14,53% e o preço do arroz se manteve estável em outubro.
Além do setor de grãos, o segmento dos hortifrutigranjeiros ficou, em média, mais barato nos campo em 7,45%. As maiores baixas se localizaram nos preços pagos pela banana (-38,89%), alface (-44,44%), batata fiúza (-42,0%), couve (-43,16%) e mandioca, com queda de 32,31%.
Quanto ao pagamento dos leites tipo B e tipo C, a pesquisa da Ufla não identificou alterações de preços em relação ao mês passado.
No caso dos preços pagos pelos insumos agrícolas, medido pelo Índice de Preços Pagos (IPP), a variação em outubro foi de 0,43%. As principais altas ocorreram nos setores de adubos (4,64%), sementes e mudas (41,8%), formicidas (7,42%), antibióticos (11,76%) e vermífugos, com uma significativa alta de 83,73%.
Entre os insumos agropecuários, as maiores quedas de preços ocorreram nos setores de vacinas (-20,72%) e de fungicidas, que ficaram mais baratos para o agricultor em 3,74%.
O Índice de Preços Recebidos (IPR) estima a renda do setor rural e o Índice de Preços Pagos (IPP) reflete a variação dos custos de produção desse segmento. São levantados mensalmente os preços de 42 produtos agropecuários e 187 insumos agrícolas.