Desaceleração nos preços dos alimentos influenciam inflação

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), ficou em 0,16% no mês de março. Em janeiro, essa taxa inflacionária foi de 0,82%, e em fevereiro fechou em 0,3%.

Essa desaceleração nos preços em março ficou localizada nos alimentos semielaborados, que tiveram uma queda média de 1,24%, puxadas pelas cotações do arroz, que ficou mais barato para o consumidor, 4,56%, carne suína, queda de 5,62% e carne bovina, cuja baixa foi de 1,72%. Já o preço do feijão teve uma alta de 13,72%. Em março, os alimentos industrializados também tiveram uma variação média de preços inferior a de fevereiro, cuja queda foi de 0,11%. E os produtos in natura mantiveram a tendência de alta no varejo, com aumento de 0,46%. No geral, a queda dos alimentos em março foi de 0,53%.

Além do feijão, entre alimentos que tiveram as maiores altas para o consumidor em março, estão os preços do pimentão (14,65%), da couve (8,01%), do quiabo (11,44%), da cebola (17,66%) e das frutas em geral. E entre os industrializados, as altas concentraram na farinha de milho (6,37%), nos óleos de cozinha (6,69%) e no extrato de tomate, com aumento de 5,4%.

Mas os grandes vilões da inflação medida pela Ufla em março foram os setores de bebidas, cuja alta média atingiu 1,62%, principalmente a cerveja (aumento de 4,36%), as despesas com transportes, com acréscimo médio de 2,75%, puxadas pelos combustíveis (alta de 6,45%). Os produtos de material de limpeza também ficaram mais caros 1,62%, higiene pessoal, 0,68% e vestuário, com alta de 0,37%.

Entre as demais categorias que compõem o IPC da Ufla, os itens que integram a categoria bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática) ficaram mais baratos 0,65%; os demais setores pesquisados em março praticamente não tiveram alterações de preços, como serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e despesas com moradia, lazer e educação e saúde.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma alta em março de 0,4%, passando a valer R$374,68 contra o custo de R$373,18 em fevereiro.

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