O ritmo de variação média dos preços agropecuários, após seis meses consecutivos de alta, reverteu em maio. Neste mês, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários ficou negativo em 0,71%. Essa mudança ocorreu principalmente pelas quedas nas cotações dos grãos e dos principais itens que compõem os hortifrutigranjeiros.
A cotação do arroz fechou o mês em queda de 16,0%; a do feijão, de 1,59% e o preço pago pelo café teve queda de 0,48%. A exceção ficou com o preço recebido pelo milho, cuja alta em maio foi de 4,17%.
Além do setor de grãos, o segmento dos hortifrutigranjeiros ficou, em média, mais barato no campo 6,17%. As maiores baixas localizaram-se nos preços pagos pela banana (-7,59%), alface (-19,23%), couve (-21,43%), cenoura (-11,3%) e tomate (-12,61%).
Quanto ao pagamento pelos leites tipo B e tipo C, a pesquisa da UFLA não identificou alterações de preços em relação ao mês passado.
No caso dos preços pagos pelos insumos agrícolas, medidos pelo Índice de Preços Pagos (IPP), a variação em maio foi de 0,05%.
Os preços médios dos grupos de insumos agrícolas (totalizando 187 insumos), praticamente não se alteraram no mês, mas cabe registrar a queda de 0,26% no setor de adubos e de 1,96% no grupo das vacinas. A alta média verificada em maio ficou com os antibióticos (2,70%).
O Índice de Preços Recebidos (IPR) estima a renda do setor rural e o Índice de Preços Pagos (IPP) reflete a variação dos custos de produção desse segmento.
De acordo com o coordenador dos índices, professor Ricardo Pereira Reis, do Departamento de Administração e Economia da UFLA, a situação anualizada ainda é amplamente favorável no campo. Ele afirma que a renda agrícola (IPR) acumula alta de 34,43% no período de junho/2010 a maio/2011 e os custos de produção (IPP) ficaram, no mesmo período, em 4,29%.