O Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA), sob a coordenação do professor Ricardo Pereira Reis, divulgou a variação média dos preços agropecuários, que, após quatro meses consecutivos de alta em 2011, reverteu em maio, em junho e agora em julho. No mês de julho, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários ficou negativo em 0,86%. Em maio, o IPR já indicava queda média da renda agrícola de 0,72% e, no mês de junho, recuo de 3,85%. Essas mudanças acontecem principalmente pelas quedas nas cotações do café e dos principais itens que compõem os hortifrutigranjeiros.
Em julho, a cotação do arroz fechou o mês em alta de 4,55%; a do feijão teve aumento de 10,67% e o preço pago pelo café teve queda de 1,25%. Os produtores de milho receberam 3,31% a mais pela venda do produto nesse mês.
O segmento dos hortifrutigranjeiros ficou, em média, mais barato no campo em 10,4% no mês de julho. As maiores baixas se localizaram nos preços pagos pela banana (-18,33%), alface (-8,7%), cebola (-4,76%), cenoura (-12,12%), couve (-8,33%), couve-flor (-30,0%), repolho (-30,67%) e tomate, com queda de 21,0%. As maiores altas nesse segmento ficaram com a beterraba (21,88%), a batata (6,17%), o quiabo (41,67%) e o pimentão (12,71%).
Quanto aos pagamentos pelos leites tipo B e tipo C, a pesquisa da UFLA identificou alta apenas no preço pago pelo tipo C, com os pecuaristas recebendo 1,02% a mais pela venda do produto.
Os preços médios dos grupos de insumos agrícolas (totalizando 187 insumos) ficaram em média mais baratos 0,49%, resultado do Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários.
O Índice de Preços Recebidos (IPR) estima a renda do setor rural e o Índice de Preços Pagos (IPP) reflete a variação dos custos de produção desse segmento.
De acordo com o coordenador dos índices, prof. Ricardo Reis, do Departamento de Administração e Economia da UFLA, a situação anualizada ainda é favorável no campo. Ele afirma que a renda agrícola (IPR) acumula alta de 25,67% no período de agosto/2010 a julho/2011 e os custos de produção (IPP) ficaram, no mesmo período, em 3,71%.