O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) divulgou os Índices de Preços Agrícolas referentes ao mês de setembro, cujas altas do feijão, do milho e do arroz sustentaram a renda do setor agrícola. Em setembro, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários teve variação positiva de 0,79%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas aumentou 0,05%. Esses índices estimam, respectivamente, a variação da renda agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor.
No acumulado do ano, o IPR atingiu 25,38% e o IPP teve uma variação de 0,62%. E foi a cotação verificada no preço do café que mais afetou a renda agrícola em 2011, atingindo nesses nove meses uma variação positiva de 37,39%.
Na análise por setor em setembro, o preço médio pago ao produtor de feijão subiu 7,68% em relação ao mês passado, o do milho, alta de 15,15% e o arroz ficou mais caro no campo em 4,35%.
Já os hortifrutigranjeiros apresentaram, em média, alta de preços no mês de setembro, cuja variação foi de 1,84%, com destaque para os aumentos da batata (5,81%), beterraba (5,13%), couve (13,64%), brócolis (25,71%), pimentão (24,44%), repolho (20,19%) e frango abatido, cuja alta foi de 11,76%.
Em setembro, tanto o preço do leite tipo C pago ao pecuarista, quanto o preço do leite tipo B tiveram alterações positivas em relação ao mês de agosto, de 7,43% e 10,96%, respectivamente. Já a do café manteve-se estável no mês.
Entre os insumos agrícolas, que ficaram mais caros em média 0,05% em setembro, destacam-se os preços das sementes e mudas, com aumento de 1,16%, e vacinas, alta de 2,74%.
Na contramão desses aumentos, insumos como fertilizantes (queda de 1,72%) e rações, com queda média de 1,84%, seguraram os custos agrícolas.