Cibele Aguiar
Depois de uma longa trajetória de planejamento e procedimentos administrativos, está bem próximo o início da construção da Agência de Inovação do Café, que será sediada no câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e deverá integrar em um mesmo espaço físico iniciativas voltadas ao desenvolvimento de inovações para o setor cafeeiro.
O projeto vem sendo articulado desde 2009 pelo Polo de Excelência do Café e Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais – Sectes (secretário Nárcio Rodrigues e adjunto Evaldo Vilela), com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e UFLA. Estima-se um investimento na ordem de 1,7 milhão de reais e a construção deverá ser licitada no início de 2012.
Na última sexta-feira (2), o gerente executivo do Polo de Excelência do Café, Edinaldo José Abrahão, o coordenador e professor Rubens José Guimarães e o coordenador do Centro de Inteligência em Mercados (CIM), professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, fizeram a entrega simbólica do projeto ao reitor da UFLA, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes. Na segunda-feira (5), o professor Nazareno assinou o termo aditivo ao Convênio firmado entre a UFLA, a Finep e a Sectes, que prevê o repasse de R$ 1,2 milhão pela FINEP; a contrapartida da UFLA será de R$ 500 mil, negociados com o Ministério da Educação.
O projeto vai integrar iniciativas como o Polo de Excelência do Café, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT-Café), Centro Tecnológico de Comercialização On-line de Café (E-Café Brasil), CIM, Centro de Trainee em Mercados e Bureau de Informação e Desenvolvimento do Café, além de ações do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão do Agronegócio Café Cepecafé/ UFLA.
Na avaliação de Edinaldo Abrahão, diferente da ideia de delegar somente ao Estado o papel de subsidiar atividades econômicas estratégicas, a Agência de Inovação do Café surge para integrar o governo, as universidades e o setor empresarial, considerando as condições estruturais de uma aliança estratégica como a base edificadora que faltava para elevar a cafeicultura de Minas à competitividade desejada na sociedade do conhecimento. “A ideia é incentivar a criação de um ambiente de interação entre competências institucionais para geração de projetos inovadores, abertos e colaborativos”, reforça.
Para o professor Rubens, a Agência vem consolidar a trajetória de excelência da Universidade na geração de conhecimentos científicos e tecnológicos para o setor cafeeiro, sendo reconhecida como uma das principais instituições de ensino voltadas à cafeicultura. Sua estrutura foi planejada para agregar profissionais de diferentes áreas do conhecimento, que trabalham para tornar a cafeicultura mineira referência internacional em ciência, tecnologia e inovação.
A Agência de Inovação do Café vem somar à estrutura já disponível na UFLA, com foco em inovação, como o Núcleo de Inovação Tecnológica – Nintec, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica – Inbatec e o Parque Científico e Tecnológico de Lavras – Lavrastec, cujo projeto arquitetônico e urbanístico está em fase de elaboração.