Cibele Aguiar
Conhecido mundialmente como o senhor dos anéis das árvores, o cientista David Stahle, professor emérito da Universidade de Arkansas, EUA, visitou a Universidade Federal de Lavras (UFLA), nesta semana, onde palestrou para professores e estudantes sobre os aspectos da dendrocronologia, com enfoque particular sobre o potencial das árvores em revelar detalhes sobre as mudanças climáticas e sobre modelos preditivos para localização de florestas antigas que devem ser preservadas.
O professor Stahle foi co-orientador no doutoramento da professora Ana Carolina Maioli Campos Barbosa, do Departamento de Ciências Florestais (DCF), que mantém o desenvolvimento desta linha de pesquisa na Universidade. A professora ressalta que a UFLA foi pioneira na instalação do 1º Laboratório de Dendrocronologia do Estado de Minas Gerais, por meio de projeto aprovado na Fapemig, sendo também a primeira universidade do Estado a ofertar a disciplina dendrocronologia (método de construir cronologias a partir dos anéis de crescimento das árvores) para estudantes de graduação.
O professor Stahle convidou a professora Ana Carolina para participar de uma ampla rede de colaboração para o desenvolvimento dessa área no Brasil, que inclui o Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (Inpa) e outras instituições internacionais de referência nessa temática. As pesquisas desenvolvidas por Stahle, principalmente nos Estados Unidos, México e África, são publicadas nos principais periódicos científicos do mundo.
Entusiasmado com a capacidade de trabalho de professores da UFLA e a beleza do câmpus, o professor também sinalizou de forma positiva ao convite para colaborar com o programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal.
As pesquisas na UFLA já contam com a participação de Stahle, em especial na identificação de espécies tropicais com potencial para estudos de cronologia e climatologia a partir de anéis de crescimento. Atualmente, o Setor de Ecologia e Conservação da Natureza (DCF), com a colaboração do pesquisador, desenvolve pesquisas no Norte de Minas com o apoio da Fapemig.