Cibele Aguiar
A aplicação de defensivos em grandes culturas passará por testes de validação de sua eficácia em um grande projeto coordenado pela Embrapa com a participação do Sindicato das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA), por meio do professor do Departamento de Engenharia (DEG), Wellington Pereira Alencar de Carvalho. O projeto, em fase final de aprovação para execução em campo, objetiva demostrar cientificamente a importância da tecnologia de aplicação aérea no controle de pragas e doenças da agricultura brasileira.
O projeto foi apresentado pelo professor Wellington Carvalho durante o Congresso Nacional de Aviação Agrícola realizado de 27 a 29 de junho, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O evento, organizado pelo Sindag, teve mais de 800 participantes, entre pilotos, operadores, pesquisadores e técnicos do setor.
Atualmente, a aviação agrícola brasileira tem a 2ª frota mundial de aeronaves agrícolas, com cerca de 1600 aviões realizando aplicações em mais de 25 milhões de hectares. Na UFLA, o tema tem sido enfatizado na disciplina Tecnologia de Aplicação de Defensivos, oferecida anualmente pelo Departamento de Engenharia aos estudantes da área de Ciencias Agrárias.
Com experiência de 30 anos nesta área, o professor Wellington tem sido uma referência em pesquisa, ensino e extensão, sendo convidado frequentemente para ministrar palestras em eventos do setor e debater temas que envolvem a aviação agrícola no Brasil e no exterior. O professor também se orgulha de ser responsável pela formação de pilotos especialistas em tecnologia de aplicação na aviação agrícola e pelo desenvolvimento de produtos que agregam valor à tecnologia.
Em resposta ao seu trabalho, o professor é comumente homenageado por entidades do setor, levando o nome da UFLA a um lugar de destaque na impressa nacional e internacional.
Segundo o professor, a transferência de tecnologia nesta área permite o uso correto dos produtos fitossanitários importantes no processo de produção agrícola. O tema torna-se ainda mais relevante quando são levadas em consideração as estimativas de crescimento da produção de alimentos no Brasil, que em breve deverá ser responsável por cerca de 40% de toda a produção de alimentos no mundo.
“Este cenário implicará na necessidade do aprimoramento técnico e de formação profissional, no uso adequado dos insumos e no aperfeiçoamento do conhecimento dos equipamentos envolvidos na mecanização e aplicação de produtos, quer de natureza química ou biológica”, enfatiza o professor.