Cibele Aguiar
Nessa quarta-feira (25), professores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em greve desde o dia 17 de maio, reuniram-se em assembleia para debater a nova proposta do governo anunciada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MGOP) e Ministério da Educação (MEC), no fim da tarde dessa terça-feira (24).
O maior sindicato da categoria, o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), que representa os professores da UFLA na negociação com o governo, ainda analisa o plano. O aumento salarial de 25 a 40% para os próximos três anos, com antecipação do reajuste para março, não se mostrou suficiente na avaliação do Sindicato, que luta e aguarda desde 2010 pela apresentação de um novo plano de carreira que valorize o professor universitário federal.
Um dos pontos ainda questionados se refere à busca por uma progressão de carreira de forma mais transparente e com degraus menos discrepantes entre as diferentes classes. Em nota divulgada nessa quarta-feira (25), o Sindicato apresenta ainda descontentamento com a nova proposta.
A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que representa sete das 59 universidades federais paralisadas, decidiu nesta quarta-feira (25) recomendar às instituições filiadas que aceitem a proposta apresentada pelo governo. A nova proposta, se aprovada, trará um impacto de R$ 4,2 bilhões às contas do governo, perante os R$ 3,9 bilhões da proposta anterior.
Os professores da UFLA decidiram aguardar os direcionamentos do Comando Nacional de Greve (CNG/Andes – SN) para apresentar o posicionamento final diante da proposta do governo. Está agendada para a próxima semana mais uma assembleia local para novos encaminhamentos. A reunião com o governo está agendada para a próxima quarta-feira (1º), quando a categoria deverá apresentar a sua resposta, ou seja, se aceita ou não a proposta, se será o fim ou não da greve.
Consulte a nova tabela de reajustes (atualizada nesta quinta-feira – 26)