Cibele Aguiar
Depois de 124 dias de paralisação das atividades de ensino, o câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebe nesta quinta-feira (20) cerca de nove mil estudantes, dando cor e vida às salas de aula, avenidas e às diversas instalações da Universidade. A cidade também comemora o retorno dos estudantes, responsáveis pela movimentação de cerca de 40% da economia no comércio local.
Apesar dos prejuízos causados pelo movimento grevista vivenciado nos últimos meses, a Universidade passou por um momento importante de maturidade institucional. Para o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, tanto as razões que fizeram a greve se estender, quanto a democrática decisão pela sua suspensão, reafirmam e validam o esforço dos docentes e técnicos administrativos, imbuídos da nobre luta por uma carreira mais valorizada e atrativa para as novas gerações.
Razões compartilhadas pela Direção Executiva da UFLA, que durante todo o movimento grevista respeitou e buscou ouvir as demandas e aspirações dos diferentes segmentos que compõem a comunidade acadêmica: docentes, técnicos administrativos e estudantes.
“Suas causas e demandas, além de respeitadas, foram defendidas em fóruns de referência, reforçando nossa missão de interlocutores de pautas em prol do fortalecimento institucional. Respeitada a decisão de cada assembleia realizada na Instituição, buscamos defender a vontade manifesta da maioria dos professores, atuando de forma incisiva para a reabertura das negociações e pela brevidade na solução do impasse. Porém, estamos cientes de que a batalha foi vencida por um contingente de fatores que não estava ao nosso alcance”, destacou o reitor.
A Direção Executiva parabeniza o Comando Local de Greve e a Associação dos Docentes da UFLA – Adufla – pela democrática e respeitosa condução dos trabalhos, com o louvável despertar das novas gerações de servidores para as causas afetas às condições de ensino, pesquisa e extensão.
“Somos conscientes de que a valorização pela qual lutamos perpassa pelo necessário comprometimento com a educação, o crescimento científico, tecnológico, social, econômico e cultural do Brasil”, considerou o reitor, completando: “Acreditamos que a força que uniu nossos professores na luta pela carreira é a mesma força que nos conduzirá a um patamar superior de excelência. Dizemos isso porque, antes de sermos gestores, somos professores universitários e carregamos orgulhosamente a marca UFLA e a queremos cada vez mais forte. Por isso, vamos envidar todos os meios possíveis, para que nossa comunidade se sinta valorizada e orgulhosa do relevante trabalho que desempenha”.