Cibele Aguiar
Há uma semana, o link da Internet da Universidade Federal de Lavras (UFLA) teve sua velocidade duplicada, ampliando sua capacidade de 155 Mbps para 310 Mbps. Essa ampliação faz parte de amplo projeto da Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação (DGTI), que prevê melhorias no acesso à Rede UFLA, sendo contemplada pela expansão de links da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
De acordo com o diretor da DGTI, Erasmo Evangelista de Oliveira, o aumento na capacidade de link refletirá na qualidade dos serviços oferecidos pela DGTI à comunidade acadêmica, como videoconferência, telefonia voip, e-mail, páginas web e acesso à Internet. Esse aumento na capacidade será percebido, em especial, nos períodos de pico de acesso, em que a Universidade trabalhava com demanda represada. “Hoje os usuários da UFLA utilizam uma Internet seis vezes mais rápida do que a média mundial”, reforçou.
Entre as grandes empresas
Além do aumento da capacidade de link, a UFLA é uma das instituições pioneiras na implantação da versão mais atual do Protocolo de Internet – IPv6, nova geração de protocolo que está sendo gradativamente implantado em substituição ao IPv4.
Atualmente, o Portal UFLA já pode ser acessado por usuários que utilizam IPV6 e há uma previsão de que até meados de 2013 todos os usuários da Rede UFLA já estejam recebendo IPv6 em seus computadores. O novo protocolo deve funcionar simultaneamente ao Ipv4, em uma situação tecnicamente chamada de “pilha dupla” ou “dual stack“, por algum tempo.
O analista de redes e sistemas Anderson Bernardo dos Santos (DGTI/UFLA), responsável pela implatanção do novo IP na UFLA, explica que o IPv4 está em uso há mais de 20 anos e tem limitações, sendo a principal delas o número de endereços permitidos – 4 bilhões – que não atende à futura demanda dos dispositivos móveis e do crescente acesso à Internet, em ritmo mais acelerado do que a capacidade de desenvolvimento e adoção do novo protocolo.
O especialista explica ainda que a não adoção do IPV6 poderá implicar na dificuldade de surgimento de novas redes; redução do processo de inclusão digital e do número de novos usuários e dificuldade no surgimento de novas aplicações. “O custo de não implementar o IPv6 poderá ser maior que o custo de implementá-lo”, considera.