A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 1,7% no mês de setembro, sendo o mais alto índice do ano. Em agosto, essa taxa havia sido de 0,93%.
De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, o IPC da UFLA vem indicando tendência de alta desde junho, quando atingiu 0,86%. Em julho, ficou em 0,59%, passando para 0,93% em agosto e, agora, teve um aumento de 1,7%. No acumulado do ano, o índice está em 3,89%.
Os alimentos tiveram alta média de 2,28%, influenciada pelos produtos in natura, com aumento de 7,25% e pelos industrializados, que ficaram mais caros 5,74%. Já os alimentos semielaborados seguraram parte da alta dos alimentos, com queda de 2,26%. As maiores altas de setembro ficaram localizadas nos seguintes produtos: tomate (34,71%), cenoura (30,88%), couve-flor (28,42%), iogurte (21,42%), ervilha (16,81%), ketchup (12,73%), pão de forma (9,27%), farinha de trigo (9,19%), arroz (7,3%) e as frutas em geral. No setor de carnes, a de frango teve alta de 3,21%, mas foi contrabalanceada pela queda da carne bovina, cujo preço caiu 3,47%, enquanto a suína teve alta de 0,53%. O destaque foi a queda no preço do feijão, que ficou 11,95% mais barato para o consumidor.
A inflação de setembro também foi puxada pelas altas nas despesas com material de limpeza (6,47%), higiene pessoal (6,58%) e vestuário, com aumento de 6,99% no mês. Os gastos com bebidas ficaram mais baratos 3,34%, bem como as despesas com material de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), com queda média de 6,82%.
Os demais grupos pesquisados pela UFLA, serviços gerais (água, luz, telefone, gás de cozinha), educação e saúde, moradia, transporte e lazer, não tiveram alterações na média dos preços.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas passou a ser de R$392,44, em setembro, com queda de 6,67%% em relação ao valor de agosto, R$420,49. Ao contrário do grupo alimentos do IPC, que levanta os preços de mais de 90 itens, essa cesta básica é composta de apenas 17 produtos e foi, principalmente, a queda do preço do feijão, dos ovos, do macarrão e da carne bovina que influenciou seu valor no mês.