Cibele Aguiar
A última edição da revista científica britânica “Nature“, uma das mais importantes do mundo, destaca as novas redes de colaboração entre cientistas, cujas mudanças estão afetando a geografia da ciência. No artigo intitulado “Mobilidade global: ciência em movimento”, o Brasil está entre os países que merecem destaque nessa nova conjuntura global.
No mapa da ciência global, o Brasil é o único país da América Latina apontado, embora com baixo impacto na ciência, hoje (4%). Porém, quando questionado sobre os países que deverão impactar a ciência na próxima década, o Brasil é apontado por 16% dos entrevistados, sendo escolhido por 12% como provável país para trabalhar.
Segundo o artigo, os países com mais tradição científica podem deixar de dominar a pesquisa mundial, em contraponto ao crescimento de novas redes regionais de colaboração. Na América Latina, o Brasil é visto como uma emergente rede de pesquisa e colaboração.
Atualmente, a “migração” e a “mobilidade”, por períodos longos ou curtos, permitem aos pesquisadores construírem redes de pesquisa sem realmente se estabelecer em outro país. A pesquisa também revela que os pós-graduandos são muito mais propensos a viver fora do seu país, comparado aos cientistas seniores.
Para muitos economistas, quanto mais rico o país, mais atrativo ele se torna para a pesquisa científica, em razão do Produto Interno Bruto e dos níveis salariais. Porém, o critério econômico não é o único, sendo levadas em consideração também as oportunidades para a carreira em centros de pesquisa de execelência.
Veja o artigo no site da Nature