A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da UFLA ficou em 2,39% no mês de novembro. Esse é o maior índice constatado desde janeiro de 2003, quando atingiu o patamar de 2,73%.
A taxa de novembro foi puxada, principalmente, pelas despesas com vestuário (que apresentaram aumento de 13,45%), higiene pessoal (9,47%) e material de limpeza (4,4%). Os alimentos também pressionaram a inflação de novembro, com alta média de 1,29%.
Entre os alimentos, as altas ocorreram em todos os segmentos: produtos in natura, (0,15%), semielaborados (0,63%) e industrializados (0,61%). Mas os alimentos que mais afetaram o bolso do consumidor foram a carne bovina (33,84%), carne suína (9,22%), carne de frango (7,25%), pescados (5,38%) e arroz (2,15%).
Já a alta com as despesas de vestuário está associada à entrada da moda primavera-verão no mercado. O calor também levou à procura por roupas à base de algodão, mais leves, porém, com preço superior às produzidas com material sintético.
Os demais grupos pesquisados pela UFLA tiveram as seguintes variações em novembro: bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática) apresentaram queda média de preços de 6,82% e bebidas ficaram mais baratas 5,06%. As demais categorias mantiveram-se, em média, com preços estáveis no mês, entre elas serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), educação e saúde, moradia, transporte e despesas de lazer.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas passou a custar R$ 389,20 em novembro, com alta de 0,25% em relação ao valor de outubro (R$ 398,20).
Inflação acima dos 9% em 2012
De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Ricardo Reis, esse resultado confirma a tendência de alta do IPC, observada desde junho. Nesse mês, atingiu 0,86%; Em julho, ficou em 0,59%, passando para 0,93% em agosto; 1,7% em setembro; 2,09% em outubro e, agora, 2,39%. No acumulado do ano, o índice divulgado pela UFLA está em 8,59% e acredita-se que possa ficar acima de 9% no ano.