Cibele Aguiar
A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Lavras (Incubacoop/UFLA) e a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Lavras (Acamar) promoveram, na última sexta-feira (7), o III Fórum Sul-Mineiro de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, com o tema “Do coletar ao reciclar”. O fórum foi realizado no Anfiteatro do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf).
Durante todo o dia, profissionais e estudantes debateram e trocaram experiências sobre os desafios de aplicar efetivamente a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída no Brasil em 2010 pela Lei nº 12.305. A legislação determina as diretrizes para a gestão integrada, o gerenciamento de resíduos sólidos e estabelece uma gestão compartilhada com as responsabilidades do poder público, da iniciativa privada e da sociedade, com relação à geração e destino dos resíduos.
Na cerimônia de abertura, o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, fez a apresentação do Plano Ambiental, cujas ações e resultados têm destacado a Universidade como exemplo nacional de gestão sustentável.
Sob a coordenação do professor José Roberto Pereira, coordenador da Incubacoop, o evento reuniu gestores de todo o Estado, para o direcionamento de ações e políticas públicas acerca de resíduos sólidos, coleta seletiva e reciclagem. Entre os palestrantes convidados, o gerente de Resíduos Sólidos Urbanos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Francisco Pinto da Fonseca, e o coordenador regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Grande, promotor Bergson Cardoso Guimarães; além do professor do Instituto Federal do Sul de Minas (IFMG) Arnaldo de Oliveira Júnior.
Todos ressaltaram o desafio de se efetivar as diretrizes da PNRS, sendo necessário o envolvimento integrado do poder público, universidades e sociedade organizada. Na avaliação do promotor Bergson Guimarães, a Universidade tem papel fundamental na geração de conhecimentos técnicos e na articulação entre os diferentes setores para a construção de uma nova ética socioambiental, por meio da qual seja rediscutido o comportamento da sociedade perante o consumo e a disposição adequada dos resíduos.
Desafio enfatizado também pelo professor Arnaldo Júnior, que aponta a reciclagem não apenas do ponto de vista filosófico, mas como oportunidade de negócio, por meio de parcerias durante todo o ciclo dos produtos – da geração ao destino final.