Construção orçada em 38 milhões promete gerar emprego e beneficiar o comércio local
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) comemora o início das obras do Parque Científico e Tecnológico de Lavras – Lavrastec, um dos seis parques tecnológicos previstos para o Estado no âmbito da Rede de Inovação Tecnológica (RIT), da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes). Em área superior a 78 mil m2, a obra total tem investimento previsto de 38 milhões de reais, financiados com recursos de Emenda da Bancada Federal de Minas Gerais e do Ministério da Educação (MEC).
O reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, comemora o início das obras que receberão o maior investimento de toda a história da Instituição. “O Parque Científico e Tecnológico é mais uma contribuição da UFLA para a cidade de Lavras e região”, enfatiza, lembrando que além de elevar a Universidade a um novo patamar de qualidade e de referência em inovação, deverá, em médio prazo, impactar de forma positiva o desenvolvimento regional.
Scolforo fez um resgate dos momentos de elaboração do projeto para a construção do Lavrastec, lembrando que, na primeira fase, houve a parceria entre a UFLA, Prefeitura Municipal e Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), por meio da qual o Governo de Minas liberou o valor de um milhão de reais para a elaboração dos projetos arquitetônico e urbanístico. Na fase atual de construção, espera-se que sejam gerados empregos diretos e indiretos, além de beneficiar empresas locais. Quando a obra for finalizada, o que está previsto para meados de 2015, a estrutura deverá atrair empresas-âncoras para a instalação de centros de pesquisa e desenvolvimento, além de abrigar as empresas já em processo de incubação e empresas juniores articuladas na Universidade.
“A expectativa é que o Lavrastec se torne um importante gerador de empregos qualificados, em especial na absorção de mestres e doutores formados na UFLA. Estamos felizes por participar de um momento histórico, quando é lançada a semente que vai impulsionar o desenvolvimento da Universidade e de toda a região”, reforça o reitor.
Expectativa confirmada pelo representante da empresa Concreta Engenharia e Construções LTDA, Celso Coelho, que afirmou que serão iniciadas as primeiras contratações para o início das obras, em torno de 100 pessoas, com estimativa de que 90% delas sejam de Lavras e região. Além disso, as matérias-primas utilizadas na primeira fase das obras também serão adquiridas no comércio local. Empresas lavrenses do setor já estão sendo procuradas para prestação de serviços, como confirma o empresário Jânio de Bragança Macedo Soares.
Sonho antigo
Para a vice-reitora e coordenadora institucional do Lavrastec, professora Édila Vilela de Resende von Pinho, a UFLA sempre esteve atenta às mudanças da sociedade e ao potencial da Universidade para o investimento em inovação, com base em competências em diferentes áreas do conhecimento. Desde 2004, com a Lei de Inovação, foi instalado o Núcleo de Inovação Tecnológica (Nintec) e, posteriormente, a Incubadora de Base Tecnológica (Inbatec), que deram suporte ao projeto do Lavrastec.
“Quando finalizada a construção, estaremos preparados para atrair empresas parceiras em áreas estratégicas para o desenvolvimento da região e a pesquisa da Universidade não mais será vista como fim, mas como meio para o desenvolvimento de produtos inovadores”, considera.
Para o assessor de relações interinstitucionais e ex-reitor da UFLA, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, esta é a realização de um sonho antigo e reflete a estruturação e amadurecimento da Universidade.
Opinião compartilhada pelo coordenador do Nintec e Inbatec da UFLA, professor Wilson Magela Gonçalves, que reforça a ideia de que o Parque virá a consolidar mais uma etapa no processo de inovação. Ele explica que o Nintec protege e incentiva a transferência de tecnologias, a Inbatec apoia os empreendimentos inovadores e o Lavrastec vai consolidar o conjunto de organizações que representam a academia, as empresas e o governo, considerado o tripé fundamental para o incentivo à inovação.
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Veja também a reportagem da TV Universitária
[vsw id=”JTkLre6Qcuo” source=”youtube” width=”425″ height=”344″ autoplay=”no”]Reportagem: Lídia Bueno e Imagens: Rodolfo Higino