A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 1,83% no mês de maio, sendo a terceira taxa mais alta do ano. Em abril, o índice de inflação ficou em 0,81%.
De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, essa alta de preços ao consumidor foi provocada, principalmente, pelo aumento dos alimentos, que ficaram mais caros, em média, 4,87%.
Os produtos que apresentaram maiores altas foram o feijão e o arroz. De acordo com o levantamento do IPC da UFLA, o feijão ficou mais caro para o consumidor 19,02% e o arroz 12,04%. Mas, a inflação de maio também foi influenciada pelos aumentos nos produtos in natura (alta de 12,54%), principalmente a batata (46,07%), o tomate (15,83%), o limão (57,54%), o pimentão (28,87%), a couve-flor (11,57%) e a cenoura, com aumento de 33,51%.
Entre os alimentos industrializados, que ficaram mais caros 9,86% em maio, destacam-se leite e derivados; o leite longa vida teve acréscimo de 11,98%, o leite tipo C ficou 18,18% mais caro e o leite pó teve aumento de 8,5%. Já o queijo ficou 4,5% mais caro e manteiga 3,69%.
De acordo com o professor Ricardo Reis, foram as carnes que, em parte, seguraram a inflação dos alimentos: a carne bovina ficou 6,17% mais barata e os pescados tiveram queda de 1,08%. O preço da carne suína praticamente se manteve inalterado em relação ao mês anterior e a carne de frango teve aumento de 1,28%.
Com esses resultados, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou 3,76% mais caro em maio, passando de R$ 395,55 em abril para R$ 410,46 em maio.
No acumulado do ano, a inflação medida pelo IPC da UFLA já registra alta de 8,77%, superando em mais de 2,0% a meta superior de inflação fixada pelo governo para todo o ano, que é de 6,5%.
Os demais setores pesquisados pela UFLA tiveram as seguintes alterações de preços em maio: bebidas (- 6,81%), material de limpeza (6,01%), higiene pessoal (2,02%), vestuário (2,71%), bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática (0,03%), educação e saúde (0,18%) e despesas com transporte, com alta de 0,32%. Já as despesas com moradia, lazer e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) não tiveram, em média, alterações de preços no mês.