A partir desta semana, abordaremos as 15 maiores dificuldades com a língua portuguesa que incomodam alguns profissionais.
Embora algumas atuações exijam uma produção oral ou escrita mais frequente, como docência e advocacia, muitos profissionais precisam escrever relatórios, dissertação, tese, artigo, comunicado.
Falta de clareza, prolixidade, queísmo, gerundismo, tropeços ao usar a crase, problemas de regências estão entre os assuntos que discutiremos durante algumas semanas.
Nesta semana, veremos:
1 – Falta de clareza: Clareza é a qualidade essencial do texto, principalmente o informativo, seja comunicado, relatório, carta, e-mail. Obtém-se em geral a clareza por meio da disposição das orações em ordem direta, sempre que possível: sujeito, verbo e complementos, nessa ordem. Devem-se evitar orações intercaladas, mais ainda se longas, e palavras técnicas, a não ser as essenciais.
2 – Prolixidade: No texto profissional a linguagem não pode ser obstáculo para a fluência da mensagem; tem de ser veículo. Mas não pode ser cheias de orações intercaladas e ordens inversas. Deve ser correta, clara, fluente, precisa, objetiva, concisa, sem repetição de palavras e, se possível, elegante, harmoniosa, sem ecos, cacófatos e asperezas.
3 – Queísmo: “Que” tem muitas funções morfológicas e sintáticas, mas mesmo autores cuidadosos evitam usá-lo na mesma frase, pois o excesso de “quês” tende a tornar o texto duro e desarmonioso.
4 – Falta de concordância de verbo antes do sujeito:
A forma adequada está entre parênteses:
“Chama-me a atenção os desdobramentos…” (Chamam-me…os)
“Falta dez minutos para terminar a sessão.” (Faltam dez)
“Basta alguns votos para concluir a contagem.” (Bastam alguns votos)
“Existe, que se sabia, bons motivos…” (Existem … bons motivos)
O verbo concorda com o sujeito, mesmo posposto.
Fonte: Revista Língua Portuguesa – Etimologia, Gramática, Técnica de Escrita – Ano 5 nº 63
Paulo Roberto Ribeiro – Ascom