A Equipe de Robótica da Escola Municipal Professor José Luis de Mesquita, composta por alunos do ensino fundamental, conquistou o terceiro lugar na etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) de 2013, em Uberlândia (MG), além de duas medalhas por “Elegância” e “Inovação” na construção de seus robôs. A equipe segue agora para participar da Mostra Nacional de Robótica (MNR) entre os dias 17 e 20 de outubro, em Fortaleza (CE).
A equipe surgiu do projeto de extensão “Montagem de equipes para a OBR”, do Departamento de Engenharia (DEG) com a coordenação dos professores Ricardo Rodrigues Magalhães e Leonardo Silveira Paiva. O projeto consiste em fazer parceria com escolas para que alunos do ensino básico construam seus próprios robôs para competir nas Olimpíadas.
Estudantes de graduação ajudam a fazer a mediação universidade-escola, desempenhando o papel de tutores para os adolescentes. São utilizados kits de Lego para montagem dos robôs e os estudantes aprendem programação simples. Nas olimpíadas, há provas em que os robôs devem percorrer determinada pista e salvar uma vítima, por exemplo, e os próprios alunos, sem ajuda dos tutores, devem programar o robô para desenvolver as funções necessárias.
De acordo com o professor Ricardo Magalhães, “Esse projeto não é somente um projeto para ensinar e incentivar os alunos a gostar da área tecnológica. É um processo de inclusão social também. A escola quer trazer a comunidade para o projeto, e esse é um meio de levar a criança e o jovem a se interessar pela área tecnológica e de educação”.
A Escola Municipal José Luiz de Mesquita é uma das escolas que participa desde 2011 do projeto e, em 2012, obteve também o 3º lugar na etapa regional da OBR. Neste ano, como aponta Ricardo “A ideia foi mesclar os alunos que participaram das competições no ano passado com alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem na área de exatas, inclusive, com maior vulnerabilidade socioeconômica. Com isso, além do aspecto tecnológico, o projeto migrou para um aspecto mais social, obtendo melhoria no desempenho escolar desses alunos, segundo os profissionais da Escola que acompanham de perto o projeto”.
Com o sucesso alcançado, os planos para sua expansão são muitos. Já há um projeto em análise na Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) para adquirir kits robóticos para a escola e, possivelmente, outras escolas de Lavras e região. Além disso, o professor Ricardo Magalhães cometa que há intenção, ainda, de promover, já no próximo ano, uma Mostra Local de Robótica, que englobaria apresentações de trabalhos desenvolvidos dentro e fora da UFLA sobre assuntos ligados à robótica, e, talvez até uma competição entre as escolas do município.
Um dos grandes objetivos dessa expansão é mostrar que “a educação pode ser um instrumento motivacional e norteador para carreiras tecnológicas, além de ocupar suas mentes no período extraescolar, diminuindo a possibilidade de se envolverem em atividades de risco social”, reforça o professor.
Marina Botelho – jornalista – bolsista/ASCOM