Nesta semana, nos dias 16 e 17 de setembro, estudantes de pós-graduação e pós-doutoramento da Universidade Federal de Lavras (UFLA) tiveram a oportunidade de participar de um curso ministrado pelo professor Phillip White, da University of Dundee, na Escócia, um dos mais respeitados pesquisadores de nutrição e fisiologia de plantas do mundo.
A vinda do professor foi possibilitada pelo Programa Ciência sem Fronteiras, com bolsa do CNPq, como professor visitante e membro do projeto “Biofortificação de produtos agrícolas com selênio e zinco”, e com o apoio da Rede AgroMetais, projeto de pesquisa financiado pela Fapemig e CNPq, que tem a UFLA como instituição coordenadora. Esta foi a primeira visita de uma série de três cursos que o professor ministrará na Universidade.
No âmbito do mesmo projeto, desde abril, o pesquisador André Rodrigues dos Reis desenvolve atividades na UFLA pelo programa de atração de Jovens Talentos do CNPq. Com doutorado pela Waseda University, no Japão, o pesquisador trabalha com a biofortificação de alimentos, em especial o enriquecimento natural de arroz de terras altas com selênio.
Na UFLA, os professores visitantes têm como anfitrião o professor do Departamento de Ciência do Solo, Luiz Roberto Guimarães Guilherme, um dos discípulos do professor Alfredo Scheid Lopes. Ele dá sequência aos estudos com a temática segurança alimentar e tem levado o nome da Instituição em eventos nacionais e internacionais e ampliado a rede de parcerias. O que na avaliação de Luiz Roberto, fortalece o processo de internacionalização da UFLA, ao mesmo tempo em que oferece aos estudantes uma oportunidade de formação diferenciada.
Segundo Phillip White, já existe um acordo de cooperação entre a UFLA e University of Dundee, que poderá ser ampliado para outras áreas do conhecimento. Ele reconhece a UFLA como um centro de referência em pesquisa agronômica e ressalta que as pesquisas conjuntas poderão resultar em soluções para a produtividade e a qualidade dos produtos agrícolas consumidos em todo o mundo.
Phillip reforça a importância dos estudos acerca da segurança alimentar pela ótica da nutrição de plantas. Segundo dados apresentados por ele, cerca de 2/3 da população mundial têm deficiência de um ou mais nutrientes mineirais, principalmente ferro, zinco, cálcio, selênio e iodo. No Brasil, dados recentes indicam que um em cada quatro brasileiros tem deficiência de zinco, o que equivale a mais de 50 milhões de pessoas.
A realização do curso “Tópicos Especiais em Nutrição Mineral de Plantas Pós Era Genômica: Perspectivas e Desafios” teve o apoio e organização do Núcleo de Estudos em Ciência do Solo – Necs.