No dia 10 de setembro foi finalizado o curso de extensão de Libras, ministrado pela professora Fabrícia Consoles Meirelles, do Departamento de Educação (DED). Aproveitando a oportunidade, professores e discentes comemoraram o Dia Mundial das Línguas de Sinais (10/9) e o Dia Nacional dos Surdos (26/9).
A Comunidade Surda Brasileira comemora em 26 de setembro, o Dia Nacional do Surdo, data em que são relembradas as lutas históricas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania. A Federação Mundial dos Surdos celebra o Dia do Surdo internacionalmente no dia 30 de setembro. No Brasil, o dia 26 de setembro é celebrado devido ao fato desta data lembrar a inauguração da primeira escola para Surdos no País, em 1857, como nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro, atual INES ‐ Instituto Nacional de Educação de Surdos.
Toda esta história começou em 26 de setembro de 1857, durante o Império de D. Pedro II, quando o professor francês Hernest Huet fundou, com o apoio do imperador o Imperial Instituto de Surdos Mudos. Huet era surdo. Na época, o Instituto era um asilo, onde só eram aceitos surdos do sexo masculino. Eles vinham de todos os pontos do país e muitos eram abandonados pelas famílias. A língua de sinais praticada pelos surdos no Instituto, de forte influência francesa, em função da nacionalidade de Huet, foi espalhada por todo Brasil pelos alunos que regressavam aos seus Estados quando do término do curso, contribuindo assim para a difusão dessa língua em território brasileiro.
A professora Rita de Cássia Marinho relata que para o surdo a aprendizagem da Libras é essencial para que ele possa se comunicar nos mais diversos espaços tais como nas escolas, hospitais, bancos, igrejas, pois quando o surdo não aprende Libras sua comunicação fica restrita no âmbito familiar por meio de gestos soltos.
De acordo com a professora Fabrícia Meirelles, o aprendizado da Libras pelas pessoas ouvintes é de grande importância, pois assim podem contribuir para a comunidade surda tanto no aspecto profissional quanto nas práticas cotidianas.
Na opinião do assistente social e monitor da disciplina de Libras, Delmir Rildo Alves, é preciso que os gestores públicos se atentem para a legislação para que possam viabilizar os direitos dos surdos por meio de políticas públicas.
Já a aluna do curso, Luciana, relata que aprender Libras possibilita uma melhor interação com os surdos, além de o curso ampliar as possibilidades no mercado de trabalho.