A inflação medida pelo Índicede Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) voltou a acelerar em novembro, fechando em 1,12%, sendo que em setembro e outubro havia ficado em 0,92% e 0,89%, respectivamente. Com essas variações, a inflação está acumulada em 16,79%.
Os alimentos pressionaram o bolso do consumidor, com alta média de 2,15%. Os produtos in natura subiram 14,45%. As maiores altas estão localizadas nos hortifrúti, a exemplo da batata (28,58%), tomate (23,52%), inhame (76,32%), mandioca (22,01%), repolho (21,4%), quiabo (42,79%), uva (29,89%), limão (80,78%), abacate (98,68%) e maçã (32,48%).
Já os semielaborados sofreram uma queda de 0,66%, sendo que o arroz teve alta de 6,76%, ao contrário do preço do feijão, com baixa de 24,99%. Os preços das carnes caíram: bovinas (1,84%), suínas (0,44%) e pescados (6,96%). O frango teve uma alta de 5,35% em novembro.
Os industrializados aumentaram 1,82%, destacam-se as altas do trigo (34,54%), polvilho (41,84), pão (23,16%) e creme de leite (23,57%).
Com a variação desses alimentos, a cestabásicadealimentos para uma família de quatro pessoas ficou mais cara 0,46% em novembro, passando a custar R$ 429,56. Em outubro seu valor era de R$ 427,58.
Também contribuíram para o aumento da inflação de novembro as altas nos preços das bebidas (3,28%), material de limpeza (0,26%), higiene pessoal (0,25%), vestuário (3,35%), educação e saúde (0,16%) e despesas de transporte (0,51%). A pesquisa da UFLA identificou uma estabilidade nos preços dos setores ligados aos gastos com moradia e lazer. Os bensdeconsumoduráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática) ficaram mais baratos (1,53%).
Leonardo Assad – jornalista – bolsista Ascom