Em dez pontos da Universidade Federal de Lavras (UFLA) a comunidade acadêmica pode se deparar com objetos aparentemente estranhos para o contexto em que estão colocados. Eles chamam a atenção por despertar a curiosidade de quem passa. Trata-se de peças do acervo do Museu Bi Moreira, expostas intencionalmente em locais estratégicos, com o objetivo de provocar a reflexão sobre o que representam os museus para o patrimônio cultural.
A iniciativa está ligada às atividades programadas para a próxima semana, quando os museus da UFLA vão se juntar a instituições museológicas de todo o país para celebração do Dia Internacional de Museus (18 de maio). A data resultará na promoção da 12ª Semana de Museus, entre 12 e 18/5. Tanto o Museu de História Natural (MHN) quanto o Bi Moreira abrirão suas portas ao público para exposições, palestras, oficinas, cursos, ações educativas, visitas guiadas e outras ações culturais, que totalizarão 14 atividades . Vale destacar que para participar de algumas delas é necessário contato prévio com a organização.
O evento é anual e coordenado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Nesta edição, o tema norteador, definido pelo Conselho Internacional de Museus (Icom), é “Museus: as coleções criam conexões”. Na UFLA, a organização da Semana é da Coordenadoria de Museus e Patrimônio Histórico, ligada à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec). A professora do Departamento de Biologia (DBI) Ângela Maria Soares é a responsável pela condução dos trabalhos.
Sobre os benefícios observados ao longo dos anos de realização desse tipo de evento, professora Ângela ressalta que as programações especiais aumentam a visibilidade dos museus perante a comunidade e os coloca em destaque. “Tem havido aumento no número de visitantes; podemos dizer que em uma semana como essa recebemos quantidade de visitantes equivalente ao movimento de um mês de funcionamento”.
Ela diz ainda que a montagem da programação especial, norteada por uma temática específica, é um exercício de criatividade para os envolvidos. “Esta também é uma oportunidade para que outros membros da comunidade acadêmica participem da rotina dos museus, trazendo atividades para a programação”, finaliza.
A participação do Museu Bi Moreira nas comemorações é considerada uma reabertura simbólica e temporária do local, que desde o final de 2011 encontra-se fechado para adequações, a fim de atender a uma museologia mais contemporânea, no que se refere a quesitos como acessibilidade, tratamento do acervo, segurança, entre outros.
Confira a programação completa.
Sobre o tema
“As coleções são a semente dos museus, e logo deles se tornam corpo e alma. Fazem com que o conhecimento se enriqueça e se amplie no diálogo com os elementos recolhidos e reunidos como testemunhos vivos da arte, da história, da ciência e da vida”. Angelo Oswaldo de Araújo Santos, presidente do Ibram (fonte: http://eventos.museus.gov.br/).
Intervenções no câmpus
Os dez pontos do câmpus que têm peças do acervo do Museu Bi Moreira em exposição são a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), o Departamento de Administração e Economia (DAE), o Departamento de Ciências Humanas (DCH), o Departamento de Ciência da Computação (DCC), o Departamento de Ciências Exatas (DEX), o Departamento de Química (DQI), o Departamento de Agricultura (DAG), o Departamento de Engenharia (DEG), a Casa das Pedras e a Reitoria. Veja algumas dessas intervenções nas fotos abaixo.