Consulta 1: Caso tenha que fazer uma retificação onde há um sujeito composto ligado pela conjugação “e”, devo utilizar: onde se lê: “banana e abacate…”, leia-se: “morango e abacaxi…” ou onde se leem: “banana e abacate…”, leiam-se: “morango e abacaxi…”?
Grata pela atenção.
Resposta:
O certo é, por exemplo, “leia-se morango e abacaxi”, pois aí não se trata de voz passiva (já que não se quer dizer que morango e abacaxi devem ser lidos). Mas sim: onde se lê isso, leia-se aquilo.
Consulta 2: Quando usar o termo “bibliografia”, e quando usar o termo “referências bibliográficas”? Como funciona?
Resposta
Esta não é propriamente uma questão de português, mas de metodologia. O que posso lhe dizer é que bibliografia diz respeito aos livros lidos pela pessoa para elaborar seu trabalho (citados no texto ou não). Já nas referências bibliográficas colocam-se apenas os livros referenciados (isto é, citados) no texto.
Consulta 3: Segue a dúvida: Qual o feminino de “Gramático” e “Músico”?
Resposta
Pela regra, o feminino de músico é música. Mas dados a estranheza e o risco de ambiguidade em certos contextos, costuma-se usar musicista para denominar a mulher que interpreta ou faz música. Além desse, existem substantivos femininos como carteira, torneira, gramática, física, que designam outras coisas que não o gênero feminino de profissões ( carteiro, torneiro, gramático, físico). É por essas razões que, em alguns casos, lança-se mão do sufixo ista para indicar que se trata de uma função feminina.
Consulta 4: Neste período de transição da vigência do acordo ortográfico, até 31 de dezembro de 2016, gostaria de saber se um texto é considerado correto quando “mistura” vocábulos da nova e antiga ortografia ou se somente quando se opta por todos da nova ou todos da antiga.
Resposta
Há quem diga que é preciso escrever todo o texto em uma ou outra forma, mas eu discordo, pois entendo que a pessoa já pode eliminar o trema de toda a redação, mesmo sem atender rigorosamente a outros aspectos da reforma ortográfica que se configuram de mais difícil assimilação. O Acordo traz tantos detalhes que seria o maior absurdo penalizar uma pessoa só por não saber aplica-lo em sua totalidade. E querer que o vestibulando ou outro concursando escreva tudo pela grafia antiga é dar oportunidade ao atraso na vigência das novas regras no Brasil.
Fonte: www.linguabrasil.com.br
Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM