É frequente as pessoas me perguntarem sobre as regras para formação de palavras com expressões “pré”, “ante” ou “pós”. Quando se acrescenta hífen ou ocorre aglutinação (como preexistente, em oposição a pós-graduação)?
Vamos acrescentar o prefixo pro/pró, que se encaixa na mesma orientação.
I – Quando tônicos, pós, pré e pró grafam-se separados da palavra seguinte:
O sistema de refeição-convênio surgiu na Europa durante o período de fome e reconstrução do pós-guerra .
Ficam proibidas novas admissões em período pré-eleitoral .
Pré-datar cheques é prática comum em todo o Brasil.
O Estado subsidia um programa pró-criança de aleitamento materno e creches.
A pós-graduação nessa área perdeu o status e o charme que tinha.
II – Quando átonos (sons ê e ô fechados), pos, pre e pro associam-se ao radical:
Vive a pospor suas decisões, principalmente as de cunho pessoal.
Predizer catástrofes é uma de suas especialidades.
No Brasil, a época de procriação das aves silvestres vai de setembro a fevereiro.
Entretanto, a regra não é de todo confiável, pois foram oficialmente registradas palavras sem hífen apesar de o prefixo ser pronunciado como tônico, com som aberto. Fiquemos atentos a cinco vocábulos relativamente comuns: preconceber, preexistir, preestabelecer, predefinir, predeterminar:
Toda sua tese foi elaborada com base em ideias preconcebidas .
As condições preexistentes não permitiram à diretoria recém-empossada tomar novos rumos.
O ajuste foi aceito em vista do acordo preestabelecido .
Serão predefinidas as condições em que faremos as negociações.
Todos os passos estão sendo minuciosamente predeterminados .
Em suma, é mais seguro recorrer a um dicionário quando surgirem dúvidas.
Fonte: www.linguabrasil.com.br
Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM