Partes do corpo e atributos da pessoa permanecem no singular
É pergunta frequente se devemos usar o singular ou o plural para nos referirmos a partes do corpo de pessoas quando nos referimos a duas ou mais delas simultaneamente. Afinal, dizemos que “todos ergueram as cabeças” ou que “todos ergueram a cabeça”?
Em português, emprega-se o singular nesse tipo de situação, a menos que se esteja fazendo referência a determinadas partes do corpo, como mãos, olhos, dedos etc., que cada pessoa tem mais de uma. Assim: “Todos ergueram a cabeça” (cada pessoa tem uma cabeça) “levantaram as mãos para o céu” (cada pessoa levantou as suas duas mãos). Para fazer referência a uma só das mãos, vale o singular: “Quando o professor perguntou quem sabia a resposta da questão, todos os alunos levantaram a mão” (ergueram uma só das mãos).
O mesmo princípio vale para os atributos da pessoa: “Todos tinham consciência do problema”, “Eles mantinham a mente aberta a novas descobertas” etc. Na língua portuguesa, esses substantivos permanecem no singular.
Chance e risco
“Fumantes têm mais chance de ter bronquite e câncer no pulmão.”
A palavra chance é um empréstimo do francês, cujo significado é algo como “possibilidade ou probabilidade de que alguma coisa (sobretudo um acontecimento feliz) se produza, sorte favorável.
Como se vê, a palavra é mais bem usada quando seu complemento exprime situações favoráveis: chance de sucesso, chance de conseguir um bom emprego…
Se a situação for desfavorável, como ocorre com as doenças em geral, é melhor evitar esse termo. É possível, nessas situações, empregar termos como “risco”, “perigo” ou mesmo “possibilidade” e “probabilidade”, estes de teor neutro.
Dizemos, então, que alguém corre risco de perder algo, corre perigo de sofrer um acidente ou tem probabilidade de ter alguma doença.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/
Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM