Na tarde de terça-feira (22/7), o reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor José Roberto Soares Scolforo, reuniu-se com pró-reitores, assessores da reitoria, promotores de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e integrantes de equipes técnicas da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Grande (CRRG), da Associação Regional de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Grande (Arpa Rio Grande) e da Prefeitura Municipal de Lavras.
Para alcançar os objetivos do encontro, o professor Scolforo apresentou em detalhes três projetos realizados pela UFLA, por meio do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf): o Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Minas Gerais (ZEE), o Modelo Fitogeográfico da Bacia do Rio Grande e o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural. A intenção foi oferecer aos participantes todas as informações sobre as ferramentas geradas com base nesses trabalhos e demonstrar os recursos de que a Universidade dispõe para empreender atividades semelhantes, úteis na definição de políticas públicas.
Atualmente, na UFLA, duas comissões técnicas, presididas pelo assessor de relações institucionais, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, trabalham na construção de propostas a serem apresentadas ao MPMG, para estabelecimento de uma parceria entre as instituições. Pelas propostas, a UFLA prestará assessoramento aos peritos do MPMG em duas temáticas: o parcelamento do solo urbano no município de Lavras e os empreendimentos de silvicultura de eucalipto na bacia do Alto do Rio Grande.
Como explica o professor Nazareno, os projetos apresentados na reunião dessa terça-feira, além de deixarem os possíveis parceiros cientes das potencialidades do trabalho desenvolvido pela UFLA, demonstram que as informações geradas por eles são ferramentas importantes e estratégicas para a definição de políticas públicas.
Ainda segundo o professor Nazareno, as duas Comissões técnicas da UFLA deverão propor à Reitoria a assinatura de um Termo de Cooperação entre a Universidade, o MPMG e a ARPA Rio Grande, com a interveniência da Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc), para a realização de projetos relacionados às duas temáticas. Os entendimentos estão sendo mantidos com os Promotores de Justiça Bergson Guimarães e Eduardo Machado, do MPMG em Lavras, e com integrantes da Arpa Rio Grande.
Saiba um pouco sobre os projetos que foram apresentados na reunião
Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Minas Gerais (ZEE): Foi concluído pela UFLA em 2008, atendendo a uma demanda da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais. Trata-se da elaboração de um diagnóstico dos meios geofísico e biótico, e socioeconômico, jurídico e institucional do Estado de Minas Gerais, o que deu origem à Carta de Vulnerabilidade Ambiental e de Potencialidade Social. A sobreposição de ambas permite a identificação de locais do Estado com características próprias, que, no conjunto, compõem o Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado. Os resultados servem de apoio à gestão territorial, balizando políticas públicas para proteção e conservação da biodiversidade e para o desenvolvimento econômico das regiões. Consulte as informações completas no site do Lemaf. Consulte as informações completas no site do Lemaf, por este link.
Modelo Fitogeográfico da Bacia do Rio Grande: o projeto, ainda em desenvolvimento, realiza-se por meio da parceria entre a UFLA e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O propósito é dar subsídio a programas de revitalização das Áreas de Preservação Permanente (APPs) da bacia do Rio Grande. Entre as ações programadas, estão a análise e a descrição da composição florística da vegetação arbórea nativa da área, o mapeamento do uso do solo em APPs por meio de imagens de satélite, entre várias outras. Consulte as informações completas no site do Lemaf, por este link.
Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural: trata-se de uma ferramenta de implementação do novo Código Florestal desenvolvida sob demanda do Ministério do Meio Ambiente. É uma base de dados dinâmica, com informações fornecidas pelos próprios proprietários de imóveis rurais, que irá integrar as informações ambientais das propriedades rurais do Brasil para controle, monitoramento e planejamento ambiental e econômico. Constitui, portanto, um cadastro georreferenciado e autodeclaratório que servirá de suporte a políticas públicas do Ministério do Meio Ambiente, além de atender a outras áreas do Governo. Consulte as informações completas no site do Lemaf, por este link.