Na quarta-feira (30/7), o reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor José Roberto Scolforo, definiu o local onde será construída a usina solar experimental com 250 placas fotovoltaicas para geração de energia. O estacionamento do Complexo das Engenharias (em construção na Avenida Sul) foi selecionado para simbolizar uma nova parceria com a Cemig e para representar o potencial que a usina terá para a capacitação técnica dos estudantes sobre alternativas energéticas.
A escolha do local teve a anuência dos técnicos da Cemig, Dênio Alves Cassini e Marcus Filipe Vieira Soares, em visita à Universidade para uma apresentação sobre os benefícios dos sistemas de geração solar fotovoltaicos conectados à rede de distribuição de energia elétrica.
De acordo com Dênio Cassini, a energia que será produzida com a usina experimental na UFLA será capaz de atender a uma demanda de 16 residências ou, no caso da Universidade, até mesmo o consumo mensal de um departamento técnico-científico. Em sua apresentação, ele destacou a Resolução Normativa 482/2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabelece as condições gerais para o acesso de micro e minigeração distribuída e também dos sistemas de compensação.
Cooperação e treinamento
A UFLA está entre as quatro instituições do Estado selecionadas para o convênio de cooperação técnica. Além do equipamento para a montagem, por um período de dois anos a Cemig vai fornecer treinamento e suporte técnico para a operação e manutenção da usina experimental.
O principal objetivo é disseminar tecnologias inovadoras e conscientizar os estudantes sobre a necessidade de expansão da oferta de energia, por meio de fontes limpas, renováveis e sustentáveis.
De acordo com o reitor, a UFLA vai retribuir a confiança depositada pela Cemig em mais este acordo de cooperação, desta vez, em uma área do conhecimento diferente da tradicional parceria de mais de 30 anos. “A ideia é reforçar a imagem da UFLA como exemplo de instituição preocupada com o desenvolvimento sustentável do País, completando as inúmeras ações já consolidadas no Plano Ambiental”, enfatizou Scolforo.
Para o professor Joaquim Paulo da Silva, do Departamento de Ciências Exatas (DEX), um dos idealizadores da cooperação, a usina experimental vai permitir a expansão das pesquisas, voltadas, especialmente, ao desenvolvimento de placas fotovoltaicas a partir de materiais alternativos, filmes biopolímeros e novos equipamentos para a geração distribuída. Além da pesquisa, a usina também servirá para o ensino e a capacitação de novos multiplicadores para a área de alternativas energéticas.