- Inglaterra confirma invasão ao Iraque.
Jamais poderá ocorrer invasão a lugar algum; porém, o que é possível acontecer é invasão DE algum lugar. Escreve-se com correção, assim:
Inglaterra confirma invasão do Iraque.
Veja, a seguir, outros exemplos corretamente escritos:
- Invasão de privacidade.
- Invasão de domicílio.
- A invasão do estádio pela polícia deu-se às 20 horas de ontem.
- Vou mostrar-lhe meu caderno, mas não repare a desorganização.
O verbo reparar assume dois significados. O que irá determiná-los é a presença ou não da preposição EM. Veja, a seguir:
Com a preposição em significa notar, observar:
- Repare nos exemplos que damos nesta lição de gramática.
- Entre, mas não repare na bagunça.
- Posso escrever, porém não reparem em meus erros de português.
Sem a preposição em, significa consertar, indenizar:
- O técnico reparou o computador que estava avariado.
- A empresa reparou os danos causados.
- O juiz condenou o prefeito a reparar os prejuízos sofridos pelos camelôs.
- O mecânico reparará o motor do carro.
Então escreve-se corretamente a frase original da seguinte maneira:
Vou mostrar-lhe meu caderno, mas não repare na desorganização.
A polícia não pode prendê-lo porque ele é de menor.
O predicativo dessa frase liga-se ao sujeito com auxílio de verbo de ligação sem preposição. O povo é que construiu essa anomalia. Veja outros exemplos de predicativo:
Ele é sargento do exército. Ela é maior de 14 anos. Ela é a rainha do colégio. Ele é menor de 6 anos. Meu pai é professor.
Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:
A polícia não pode prendê-lo porque ele é menor de idade.
O político que se pode confiar ainda não nasceu.
Esse é erro próprio da fala popular, linguagem que não está “nem aí” para a regência verbal. Erros desse tipo são muito explorados em provas de vestibulares e concursos públicos. A regência do verto confiar exige a preposição em, pois quem confia, confia em alguém, e não confia alguém. Este tópico, depois da correção, tem sua frase inicial escrita assim:
O político em que se pode confiar ainda não nasceu.
Paulo Roberto Ribeiro – Ascom
Fonte: www.newsrondonia.com.br