Glauber Rocha é tema de nova mostra do projeto “Cinema com Vida”

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Cena de “Barravento”

A partir de meados dos anos 1950, um grupo de cineastas brasileiros passou a retratar, em suas obras, os problemas sociais do País, através de uma visão crítica e uma estética diferenciada do cinema comercial internacional. Essa corrente foi denominada de “Cinema Novo Brasileiro”. Em outubro, o projeto de extensão “Cinema com Vida” inicia uma nova mostra cinematográfica, que abordará a obra de um dos principais representantes do Cinema Novo, Glauber Rocha. A mostra fará sua primeira exibição no dia 1º de outubro, com o filme “Barravento” (1962). A sessão será no Museu de História Natural (Câmpus Histórico da UFLA) às 14 horas, com entrada gratuita.

A mostra terá uma programação diferenciada neste semestre. Em uma quarta-feira, o filme será exibido e problematizado; na seguinte, haverá um encontro de estudos para leitura e discussão sobre a obra, conforme a programação. Dessa forma, no dia 1º haverá a mostra de Barravento e no dia 8, encontro de estudos para leitura e discussão. Os responsáveis pela condução desses estudos são o professor Márcio Farias (DEF), Pedro Junyor Teixeira Cardoso (discente de Educação Física) e a professora Juliana Oliveira (Educação Física da rede de ensino básico de Lavras e discente do 2º período de Pedagogia – EaD)

O segundo filme da mostra será “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, no dia 22 de outubro; as leituras e discussões sobre a obra ocorrerão em 29/10. Em seguida, “Terra em transe” será exibido em 5 de novembro e discutido em 12/11. Encerrando o semestre, os participantes assistirão a “Dragão da maldade contra o santo guerreiro” no dia 19 de novembro e discutirão sobre ele em 26/11. O projeto “Cinema com Vida” é apoiado pela Fapemig.

Sobre “Barravento”

Sinopse:

Depois de passar muitos anos fora, Firmino volta à comunidade em que fora criado: uma aldeia de pescadores de xaréu formada por descendentes de escravos, no litoral baiano. Firmino tenta incutir novas ideias sobre liberdade nos nativos, que são explorados pelos comerciantes da cidade. No entanto, sua comunidade não lhe dá ouvidos, pois, analfabeta e religiosa, é fatalista.

Apenas a viúva Cota se aproxima dele e se torna sua amante. Os pescadores seguem as orientações das mães de santo e de Mestre, um antigo protegido de Iemanjá, a deusa do mar no Candomblé, que é a religião de todos ali. Segundo a crença, como protegido, Mestre garante tempo bom e pesca farta para todos que o acompanharem. Com a idade avançada de Mestre, Iemanjá escolhe o jovem Aruã como um novo protegido, mas com a condição de que o jovem não poderá dormir com mulher nenhuma.

Firmino acha que os nativos só mudarão de atitude se ele provar que Aruã não é “santo” e pede à Cota que assedie o rapaz. Na parte final, há uma luta de capoeira entre Firmino e Aruã.

  • Direção: Glauber Rocha
  • Roteiro: Glauber Rocha, Jose Teles, Luiz Paulino dos Santos;
  • Elenco: Alair Liguori, Aldo Teixeira, Antônio Carlos dos Santos, Antônio Pitanga, Braga Netto, Edmundo Albuquerque, Elio Moreno Lima, Flora Vasconcelos, Francisco dos Santos Brito, Fred Júnior, Jose Teles, Jota Luna, Lidio Silva, Lucy de Carvalho, Luisa Maranhão, Milton Gaucho, Rosalvo Plínio
  • Produção: Braga Netto, Rex Schindler
  • Fotografia: Tony Rabatoni
  • Trilha Sonora: Canjiquinha
  • Ano: 1962

Veja neste folder mais informações sobre a mostra “Cinema Novo Brasileiro: Glauber Rocha”.